Brasil

Presidente da CUT pede greve geral em ação nacional contra o governo Temer

"Nós não reconhecemos governo golpista", avisou Vagner Freitas, no 33º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)

Rodolfo Costa
postado em 12/01/2017 18:19

O governo Temer vai encontrar forte resistência de trabalhadores em 2017. É o que promete o presidente da Confederação Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. Tanto que, nesta quinta-feira (12/10), ele expressou a intenção de que a classe trabalhadora e sindicalistas construam greve geral para pavimentar a saída de Michel Temer do poder.

[SAIBAMAIS]"Temos que utilizar organização do ramo da educação, que é a que mais se organizou, para combater o governo e fazer com que todos os demais sindicatos também estejam na luta. Não podemos permitir que nossos direitos sejam retirados. Nós não reconhecemos governo golpista", avisou Freitas, no 33; Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Em discurso, Freitas destacou que o "golpe" não era contra Dilma ou Lula. E sim contra os trabalhadores. "Eles não concluíram o golpe. O golpe se concluirá se acabarem com a CLT. Com o direito de organização sindical e com a democracia. Fazendo do país um país de ditadores em conluio com a mídia e com parcela do poder Judiciário", disse. O presidente da CUT também critica o governo Temer por, segundo ele, enganar a população ao dizer que a reforma da Previdência é positiva para a população.

"Estão querendo dizer que o Brasil está sendo transformado para melhor. Mas Temer não quer fazer reforma da Previdência", criticou. Para Freitas, o governo Temer deseja acabar com o direito do professor e da professora em se aposentar. "Querem fazer isso porque precisam vender a Previdência como ativo da Previdência privada oferecida pelos bancos. Querem acabar com as políticas públicas e Estado de direito e transformar toda política pública em ativos para rentistas. Há um golpe de Estado nesse país e temos que denunciar no mundo inteiro e inviabilizar que consigam concretizar o que querem", concluiu.

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