Em 10 dias, cerca de mil homens das Forças Armadas, dispostos em 30 equipes, estarão prontos para atuar nos presídios dos Estados, cujos governadores fizerem a solicitação formal ao governo Federal. A presença de equipes treinadas do Exército, Marinha e Aeronáutica não deve garantir o fim das rebeliões, que nos últimos dias matou mais de 150 presos, segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann.
[SAIBAMAIS]Segudo ele, o objetivo da ação é o de ;reduzir a possibilidade de novas rebeliões;, na medida em que as Forças Armadas vão trabalhar em conjunto com as forças estaduais fazendo vistorias nos presídios, para detectar e retirar armamentos comuns entre os presos no país: objetos que servem de armas, além de drogas.
As Forças Armadas não terão contato direto com os detentos e nem enfrentará rebeliões. "Não vamos operar para controlar presídios e nem substituir forças locais;, disse Jungmann. ;Mas o controle, o comando, a coordenação da operação de varredura e vistoria será das Forças Armadas;, continuou.
O ministro explicou que a entrada da Defesa para tentar acabar com a crise nos presídios não significa "fragilidade" do Ministério da Justiça, já que não cabe ao ministro Alexandre Moraes intervir nos presídios, sob responsabilidade legal dos Estados. Mas a Constituição dá poderes de auxílio determinado pelo Presidenet da República.
Em princípio, ele anunciou verba de R$ 10 milhões para equipamentos, treinamento e manutenção de pessoal na operação. O valor pode subir, assim como o efetivo anunciado, ;conforme as solicitações dos governadores;.
Até agora, porém, nenhum governador pediu ajuda do Palácio do Planalto nesse sentido. Mas o presidente Michel Temer tem reunião hoje com seis governadores do Norte, Nordeste e Centro Oeste, esperando receber essa demanda.