Brasil

Deputado diz que sinceridade era característica de Marisa Letícia

"Quando tinha de dar umas duras, ela dava", afirmou o deputado federal Vicentinho (PT-SP)

Agência Estado
postado em 04/02/2017 10:33

O deputado federal Vicentinho (PT-SP) disse há pouco, em rápida entrevista a jornalistas, que "sinceridade era a característica" da ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta ontem aos 66 anos em decorrência de um acidente vascular cerebral (AVC). "Quando tinha de dar umas duras, ela dava", afirmou em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, onde o corpo de Marisa será velado. A previsão é de que o velório ocorra das 9h às 15h.

[SAIBAMAIS]

Velório

O corpo da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, 66 anos, será velado neste sábado (4/2), no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), das 9h às 15h. Em seguida, haverá a cremação no Cemitério Jardim da Colina, em cerimônia reservada à família. Ela deixa quatro filhos, três dos quais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de 10 dias internada no hospital Sírio-Libanês, dona Marisa morreu ontem, às 18h57, devido a complicação de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico.

Perfil

Com ascendência italiana por parte do pai e da mãe, Marisa nasceu em 7 de abril de 1950 em São Bernardo do Campo (SP). De origem humilde, sua família morava em uma casa de pau-a-pique e chão batido. Começou a trabalhar aos 9 anos como babá, aos 13 tornou-se embaladora de bombons da fábrica Dulcora. Aos 21, casou-se com o motorista Marcos, que foi morto durante um assalto quando ela estava grávida de quatro meses do primeiro filho, Marcos Cláudio.

Em 1973, conheceu Lula, na época também viúvo, quando foi até o Sindicato dos Metalúrgicos buscar um carimbo para retirar sua pensão. No ano seguinte eles se casaram. Tiveram três filhos ; Luis Cláudio, Fábio Luis e Sandro Luis ; e ficaram juntos desde então.

Conhecida pelo ;sangue quente;, dona Marisa era quem cuidava das finanças da casa e ;quem mandava; no lar, segundo relatos do próprio ex-presidente.

Avessa aos holofotes, ajudou na formação do PT. Responsável pelas fichas de inscrição da sigla na época, muitas vezes ela saía às ruas para cadastrar novos filiados, buscando convencê-los da importância de montar um partido dos trabalhadores.

Das campanhas eleitorais de Lula à Presidência, ela teve participação ativa, viajando ao lado do marido e até subindo nos palanques. Na jornada de 2002, quando o petista se elegeu pela primeira vez presidente do Brasil, ela ajudou Lula a melhorar sua imagem junto ao eleitorado feminino. Tornou-se, então, a primeira ex-babá a virar primeira-dama do país.

Com informações de Azelma Rodrigues - Especial para o Correio

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