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Aneel aprova orçamento da CDE e conta de subsídios cai para R$ 13,9 bilhões

Como esse repasse será menor que o do ano passado, o efeito, para a tarifa, será de uma redução de 2,03%, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

Agência Estado
postado em 07/02/2017 12:17
Os recursos serão arrecadados para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial do governo cujas despesas são rateadas na conta de luz de todos os consumidoresA conta de subsídios dos setor elétrico neste ano será de R$ 13,904 bilhões, menor que a do ano passado, que era de R$ 18,291 bilhões. Desse total, o consumidor terá de pagar R$ 11,9 bilhões, que serão repassados para a conta de luz. Como esse repasse será menor que o do ano passado, o efeito, para a tarifa, será de uma redução de 2,03%, de acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os recursos serão arrecadados para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial do governo cujas despesas são rateadas na conta de luz de todos os consumidores. Os consumidores do Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão uma queda maior, de 2,70%. Isso acontece porque a divisão da conta entre as regiões é desigual, e esses clientes pagam 4,53 vezes mais do que os do Norte e Nordeste. Para os consumidores dessas duas regiões, a redução será de 0,35%.

O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, reiterou que a política de subsídios ao setor deve ser revista neste ano. A intenção é reduzir o tamanho da conta. "Todo o esforço que está sendo feito, pelo governo e pela Aneel, é para revisitar esse tema e rediscutir essa política de subsídios do setor elétrico. Isso deve gerar uma racionalização e uma melhoria", afirmou.

A maior parte das despesas será destinada ao pagamento pelas usinas que abastecem os sistemas isolados do País, principalmente na Região Norte. A rubrica Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) cairá de R$ 6,339 bilhões no ano passado para R$ 3,950 bilhões neste ano. Auditorias realizadas pela Aneel levaram a um corte no preço e no volume do combustível usado pelas termelétricas.

Já as usinas a carvão mineral terão o valor de subsídios reduzido para R$ 909 milhões, de R$ 1,005 bilhão no ano passado. Os recursos servem para a compra de carvão mineral extraído de minas no Sul do País.

As receitas do fundo também aumentaram neste ano. A Eletrobras terá que ressarcir para o fundo em indenizações que recebeu de forma indevida no ano passado. A estatal teria de pagar R$ 733 milhões, mas o valor atualizado e corrigido passou para R$ 951 milhões, a serem pagos em seis parcelas mensais a partir de julho.

O tema dos subsídios é um dos mais polêmicos no setor. A audiência pública aberta pela Aneel recebeu 143 contribuições, dos quais 20% foram aceitas, 35% parcialmente aceitas e 45% rejeitadas. No ano passado, a conta de subsídios atingiu R$ 18,291 bilhões, dos quais R$ 15,3 bilhões foram pagos pelos consumidores.

Descontos


A CDE também arrecada recursos que permitem descontos a diversos grupo de interesse, que vão desde famílias de baixa renda a setores como o agricultura e irrigação. Neste ano, o valor para esses grupos será de R$ 6,176 bilhões.

No ano passado, o valor foi de R$ 6,156 bilhões, que foram divididos entre os consumidores de todo o País. Ou seja, 80 milhões de clientes pagaram para que os beneficiários tivessem um desconto médio de R$ 45,00 em suas contas.

Também recebem descontos empresas que fornecem serviços públicos de água, esgoto e saneamento e fontes incentivadas - como eólica, solar, biomassa, pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e cogeração. Nesse caso específico, as duas pontas têm benefícios: as usinas que produzem a energia e o comprador do insumo, como o comércio e a indústria.

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