Novos vídeos que circulam nas redes sociais mostram que a criminalidade no Espirito Santo parece estar longe de acabar. No quinto dia de paralisação de PMs, o estado enfrenta uma crise na segurança pública desde o sábado da semana passada (4/2), quando familiares de Policiais Militares fecharam portões de batalhões de vários municípios do estado, impedindo a saída dos militares. Os parentes protestam por melhorias salariais e nas trabalho da categoria.
Um dos vídeos mostra uma perseguição policial em uma via movimentada ao lado de uma orla de Vitória (ES). O carro do suspeito é perseguido por uma viatura da PM, quando bate em outro carro, que acaba saindo da pista. Em seguida, o veículo usado pelo fugitivo bate em mais dois automóveis. Com o impacto, acaba parando e o suspeito sai correndo, a pé. A perseguição continua, agora, com a ajuda do Exército.
Em um outro vídeo, um morador vizinho ao local da perseguição mostra o desfecho da perseguição. Ele diz que o suspeito foi preso e exibe vários militares do exército fortemente armados. "Já prederam e vão levar esse cara. Menos um nas ruas para nos colocar medo", fala.
Um outro vídeo, que também circula em redes sociais, mostra homens armados rendendo e cercando um suspeito. Não se sabe ao certo se são policiais a paisana ou moradores. Nas imagens, o suspeito aparece deitado no chão e é revistado pelos rapazes. Instantes depois, um policial chega e prende o homem. Em seguida, outro policial aparece correndo atrás de um segundo suspeito. A moradora que filma tudo, não acredita no que vê."Nunca imaginei que isso fosse acontecer aqui", desabafa.
https://www.youtube.com/watch?v=PZiWAmfbE1I
Viaturas sucateadas
Outro vídeo, que também circula nas redes sociais, mostram viaturas do 3; Batalhão da Polícia Militar de Vítória estacionadas. O homem, que não revela o nome, mas se diz policial militar, narra as imagens e fala que os veículos estão parados por falta de manutenção. O homem critica ainda o baixo valor destinando para manutenção das viaturas -segundo ele, R$3 mil por mês - e diz que a culpa da crise de segurança não são das famílias, mas do estado. "Não estamos querendo apenas aumento de salário, não. Estamos querendo reconhecimento e condições de trabalhar para dar segurança a toda população capixaba", pontua.
O Correio entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado para confirmas as informações, mas não teve retorno até a publicação da reportagem.
https://www.facebook.com/ericknielsensax/videos/vb.100001958475794/1353996601342276/?type=3
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Espirito Santo (Sindpol-ES), desde o início da paralisação, no sábado (4/2), mais de 100 pessoas morreram na grande vitória. A Secretária de Segurança Pública não divulga o número de mortos.