Brasil

'O que vimos é gravíssimo', diz ex-secretário de Segurança do DF

Arthur Trindade avaliou a situação atual da segurança pública no Brasil: "A primeira pergunta que temos de fazer é - e já está passando da hora - se as polícias querem ser militares ou não"

Agência Estado
postado em 14/02/2017 08:58
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o sociólogo e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Arthur Trindade avaliou a situação da Segurança no Brasil. Um dos temas discutidos foi a militarização da polícia. Veja abaixo:

Apesar da proibição, paralisações de policiais se repetem. Como pará-las?

A primeira pergunta que temos de fazer é - e já está passando da hora - se as polícias querem ser militares ou não. Se são, gozam de uma série de benefícios, como idade para aposentadoria bem menor, promoções, etc. Mas, como militares, também não podem fazer greve. O que vimos é gravíssimo e demanda que o Ministério Público Militar aja de modo rápido e incisivo, com atos que depois não sejam anistiados. Sem regulação, se torna uma greve selvagem.
Como isso afeta na prática o desenvolvimento das políticas públicas?

As greves acabam sendo fundamentais para toda a segurança pública. Escolhe-se comandantes-gerais e se adota planos na área com a preocupação de evitar as paralisações.





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