Hellen Leite
postado em 19/02/2017 16:53
A polícia Civil do Rio de Janeiro investiga o assassinato do conselheiro e diretor da Ordem dos Advogados do Brasil, Wagner da Silva Salgado, de 43 anos, da esposa dele, Soraya Gonçalves de Resende, de 38 anos, e da filha do casal, Geovanna Resende Salgado, de apenas 10 anos. A família foi executada dentro de casa na sexta-feira (17/2), em São Gonçalo. A Delegacia de Homicídios de Niterói averigua se as mortes têm ligação com uma briga judicial envolvendo a família de Soraya.
[SAIBAMAIS]Soraya, que era adotada, pediu um inventario do pai em 2014, em um processo que tinha Wagner como advogado. No ano passado, ela também registrou um boletim de ocorrência contra a irmã, Simone Gonçalves Resende, por comentários ofensivos na internet. Ninguém da família de Soraya foi ao velório, que aconteceu na sede da OAB-RJ, em Niterói.
No local, a polícia encontrou dois dentes quebrados que não pertenciam à família. Segundo o delegado que investiga o caso, Fábio Barucke, o material encontrado sugere que aconteceu uma briga antes das execuções. De acordo com a perícia, cinco tiros mataram a família. Soraya e Geovanna morreram dormindo, com um tiro cada. Wagner acordou, possivelmente lutou com o atirador e, por fim, foi acertado com três disparos na cabeça. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A OAB-RJ divulgou uma nota de pesar pela morte do diretor assinada pelo presidente da instituição, Felipe Santa Cruz, e pediu agilidade nas investigações. ;A presidência da OAB/RJ já entrou em contato com a Secretaria Estadual de Segurança para exigir rapidez na investigação do bárbaro crime;, diz a nota.