[SAIBAMAIS]A Corregedoria da Polícia Militar e o Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) alegaram que os policiais executaram Oliveira e depois forjaram uma suposta troca de tiros para justificar a ação. Os PMs Tyson Bastiane, Silvano Reis e Silvio Conceição foram acusados de homicídio qualificado, fraude processual, falsidade ideológica e porte ilegal de arma.
No julgamento, que durou dois dias e aconteceu no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste, os jurados condenaram Bastiane por todas as acusações. Reis só foi absolvido pela morte, mas acabou condenado a 4 anos e 11 meses no semiaberto pelos demais crimes. Ele poderá recorrer em liberdade. Conceição respondia por homicídio e fraude processual, mas acabou absolvido.
Segundo as apurações, Oliveira e o amigo, Fernando Henrique da Silva, estavam em uma moto roubada, quando foram flagrados por PMs. Houve perseguição e os suspeitos abandonaram a moto em uma rua e se separaram. Oliveira foi localizado próximo de uma lixeira. Imagens de câmeras de segurança mostram que ele se deitou na via e foi algemado. Depois, os PMs tiraram as algemas dele e o levaram para atrás de um muro. Lá, ele ficou ajoelhado e foi executado com dois tiros no peito. Um dos policiais ainda buscou uma arma na viatura e colocou junto ao corpo para simular um tiroteio.
Já Silva foi cercado e jogado de cima de um telhado por um policial. A ação foi filmada por um morador da região. No chão, segundo as investigações, ele foi executado por outros PMs. Como o processo foi desmembrado, os acusados de matar Oliveira foram julgados primeiro. Os outros três PMs acusados de matar Silva vão à júri no fim deste mês.