Jacqueline Saraiva
postado em 21/03/2017 07:59
A segunda fase da Operação Darkode cumpre mandados judiciais nesta manhã de terça-feira em quatro estados e no Distrito Federal. Os alvos são pessoas suspeitas de integrarem um esquema criminoso especializado em crimes contra o sistema bancário por meio da internet. Segundo a investigação da Polícia Federal (PF), há também indícios da negociação de informações úteis à prática dos delitos. A estimativa é de que o prejuízo causado seja superior a R$ 2,5 milhões.
No total, são 37 mandados judiciais, sendo 4 de prisão preventiva, 15 de prisão temporária e 18 de busca e apreensão em residências e empresas vinculadas ao grupo criminoso. Cerca de 100 policiais participam da operação nas cidades goianas de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Goiânia e Senador Canedo e também no Pará, Tocantins, Santa Catarina e Distrito Federal. De acordo com a PF, o objetivo é colher provas contra outros integrantes e beneficiários da organização, bem como identificar e apreender bens adquiridos ilicitamente.
Segundo a PF, o líder da organização cumpre pena no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO). Ele foi condenado pela 11; Vara Federal de Goiânia por prática de crime cibernético.
Hackers
A primeira fase da Operação Darkode ocorreu em julho de 2015. Na época foram cumpridos 7 mandados judiciais em Goiânia, sendo 2 de prisão e 1 de condução coercitiva, além de 4 mandados de busca e apreensão. "A ação foi coordenada com forças policiais de diversos países contra hackers que se comunicavam por intermédio de um sítio eletrônico denominado Darkode", explica a PF. O nome da operação faz alusão ao fórum internacional Darkode, criado em 2007, que tinha a função de reunir os maiores e os mais especializados hackers e criminosos cibernéticos em um único ambiente virtual.