Brasil

"Tinder da adoção" ajuda catioros e gatíneos a encontrarem um lar

Protetores de animais e ONGs podem cadastrar no aplicativo os bichinhos resgatados para adoção e, se corresponderem aos requisitos exigidos pelos adotantes, dá "match"

Gabriela Vinhal
postado em 30/03/2017 21:05
Protetores de animais e ONGs podem cadastrar no aplicativo os bichinhos resgatados para adoção e, se corresponderem aos requisitos exigidos pelos adotantes, dá
Conseguir um lar para um animal que foi resgatado das ruas não costuma ser algo fácil. Protetores independentes ou organizações coletivas sem fins lucrativos usam as redes sociais para anunciá-los na busca por tutores. Para tentar melhorar essa situação, a paulista Andreia Freitas, de 41 anos, criou um aplicativo para identificar animais que estão disponíveis para adoção, seguindo a preferência das pessoas. A psicóloga começou uma campanha de financiamento coletivo para auxiliar nas despesas da plataforma. O prazo para a contribuição se encerra em maio e a plataforma deve estar disponível para download - em smartphones e computadores - em setembro.

O objetivo do app é promover a adoção responsável e atingir o maior número de pessoas. Os protetores ou as ONGs deverão preencher um questionário com todas as informações do animal e o adotante com suas preferências. Se combinarem, dará um "match" e poderão conversar sobre o novo bichinho de estimação pelo próprio aplicativo. "Adoção responsável nada mais é que resgatar o animal, castrá-lo e vaciná-lo. A castração é fundamental para evitar que esses cachorros e gatos vivam sem lares pelas ruas", acrescenta. A plataforma funciona com geolocalização e estará habilitada para todo o país.
Protetores de animais e ONGs podem cadastrar no aplicativo os bichinhos resgatados para adoção e, se corresponderem aos requisitos exigidos pelos adotantes, dá

Andreia resgata animais abandonados ou em situação de maus tratos há 15 anos. Ela paga com o dinheiro do próprio bolso para cuidar dos bichinhos. Para ajudar nas despesas, além de trabalhar como psicóloga, a paulista é "catsitter" (cuidadora de gatos) em suas noites livres ou nos fins de semanas. Por esse motivo, a paulista é protetora de animais independente, sem ser vinculada à instituições. "Eu faço de acordo com a minha disponibilidade de tempo e financeira. Só às vezes resgato com uma amiga muito querida que também ama os animais", completa.

Apesar de todas as dificuldades, Andreia não pensa em desistir. Atualmente, ela tem 17 cães e seis gatos disponíveis para adoção, que são anunciados no Instagram e no Facebook dela: "É muito gratificante saber que eles conseguiram um bom adotante, que estão saudáveis e felizes. Por pior que seja a situação, não consigo virar as costas. O amor que eu sinto por eles me motiva a continuar". A maioria dos bichos resgatados por ela são encontrados em comunidades carentes da capital paulista.

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