Agência Estado
postado em 12/04/2017 20:54
Seis pessoas foram presas nesta quarta-feira (12/4) em operação da Polícia Federal, suspeitas de produzir e distribuir pela internet arquivos contendo imagens de abuso sexual de crianças e adolescentes. Foram cumpridos ainda 20 mandados de busca e quatro de prisão no interior de São Paulo e em cidades de outros dez Estados, além do Distrito Federal.
Durante a operação foi preso no interior de Pernambuco um homem suspeito de abusar da própria filha de oito anos, em circunstâncias que, segundo a PF, ainda estão sendo apuradas.
Outros três suspeitos foram presos em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e outro na cidade de Cascavel, na região norte do Paraná. De acordo com a delegada chefe do Departamento da PF em Sorocaba, Érika Coppini, os investigados trocavam por e-mail arquivos com vídeos e fotos contendo cenas de exploração sexual de crianças.
Em alguns casos, as vítimas eram bebês - a idade das vítimas ia de 6 meses a 12 anos. Durante o cumprimento dos mandados de busca, três suspeitos foram flagrados acessando e compartilhando material com pornografia infantil e acabaram presos em flagrante - um deles já tinha mandado de prisão preventiva.
Computadores, filmadoras e acessórios foram apreendidos. A operação Acervo Proibido foi desencadeada a partir de investigação iniciada pela PF de Sorocaba, em abril de 2015, quando um homem de 32 anos foi preso na cidade paulista fazendo distribuição de pornografia infantil.
A partir do material apreendido com ele, foram analisadas 2,5 mil mensagens via internet envolvendo exploração sexual de crianças.
Conforme a PF, os suspeitos, com idade entre 25 e 40 anos, integravam uma rede internacional de pedofilia virtual que se estendia a outros países, como Estados Unidos, México, Nicarágua, Peru, Equador, Alemanha, Espanha, Holanda e Emirados Árabes. A polícia brasileira encaminhou informações à Interpol para a investigação da rede.
De acordo com a delegada, um núcleo de combate à exploração sexual de crianças sediado nos Estados Unidos colaborou com a investigação repassando mensagens com conteúdo de pornografia infantil, trocadas pela internet e detectadas pelo núcleo.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de estupro ou ato libidinoso com menor de 14 anos, com pena de reclusão de 8 a 15 anos, e ainda pelos delitos previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) referentes à distribuição de pornografia infantil, com penas previstas de 3 a 6 anos, além de multa.