Brasil

Ministro da Justiça avalia que greve foi um fracasso e dá força às reformas

Segundo o ministro, a greve não aponta críticas a pontos da reforma da Previdência ou trabalhista e sim contra a realização das reformas como um todo

postado em 28/04/2017 18:25
O governo avaliou como ;fracasso; a greve organizada hoje (28) por centrais sindicais contra as reformas da Previdência e trabalhista em todo o país. O ministro da Justiça, Osmar Serraglio, após conversa com outros colegas no Palácio do Planalto, disse à Agência Brasil que esta foi ;uma constatação; feita após se observar que o movimento de rua foi restrito aos grandes centros e que a baixa adesão da população dá força às reformas.

;Eu avalio com otimismo. Nós tínhamos a expectativa de uma manifestação muito expressiva e isso não aconteceu;, disse. Durante a conversa com a reportagem, Serraglio relatou estar no interior do Paraná, onde disse que ;está tudo absolutamente normal; - uma demonstração de que o movimento não ganhou adeptos no interior do país.

Ainda de acordo com o ministro, as centrais sindicais utilizaram a estratégia de paralisar os serviços de transportes, o que impossibilitou muitos trabalhadores de comparecerem aos serviços hoje. ;Essa foi uma estratégia das centrais, o que demonstra que a greve não foi real. Se fosse uma greve real não haveria necessidade disso porque não haveria demanda pelo transporte, as pessoas estariam paralisadas;, disse.

Força às reformas

Para Serraglio, a baixa adesão da população dá força às reformas e provoca uma pressão no Congresso Nacional no sentido inverso ao pretendido pelos sindicalistas. Na opinião dele, se não houve um grande movimento, um sinal que a população passa é de apoio às reformas do governo. ;A população está desejando que se arrume o país;, avaliou.

Segundo o ministro, a greve não aponta críticas a pontos da reforma da Previdência ou trabalhista e sim contra a realização das reformas como um todo. ;Não tem como pensar a solução para o país sem as reformas. As pessoas responsáveis sabem que são necessárias;, disse.

Serraglio disse que está monitorando os atos que ainda ocorrem em todo o país e o Ministério da Justiça está acompanhando em conjunto com secretarias de Segurança Pública para tentar evitar situações de violência no fim dos atos. Para ele, os confrontos entre manifestantes e policiais, a exemplo do que aconteceu no centro do Rio de Janeiro, traduz uma tentativa de ;criar um fato;. ;São táticas de provocação. Quanto menos têm sucesso, mais provocam para criar um fato. Colocam 20 pessoas em confronto, alguém se vitimiza e vira notícia;.

No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer conversou com os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), em reuniões ao longo do dia e fez com eles uma avaliação do alcance das manifestações e da adesão à greve. A constatação, conforme mencionado por Serraglio, é que a mobilização foi menor do que se esperava.

Mensagem no Dia do Trabalho

Temer gravou hoje uma mensagem que será divulgada na segunda-feira (1;), Dia do Trabalho. A mensagem será divulgada apenas pela internet. Nela, o presidente vai defender as reformas trabalhista e previdenciária, que o governo considera fundamentais para a geração de empregos e o crescimento econômico.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação