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Após 13 dias internado, jovem agredido por policial militar tem alta

O estudante passa bem e continuará o tratamento via ambulatorial. Ele deu entrada no hospital depois de ter sido agredido pelo policial em um protesto em Goiânia

Gabriela Vinhal
postado em 11/05/2017 18:30
O estudante passa bem e continuará o tratamento via ambulatorial. Ele deu entrada no hospital depois de ter sido agredido pelo policial em um protesto em Goiânia
Após treze dias internado no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), o estudante Mateus Ferreira da Silva, agredido por um policial militar, 33 anos, recebeu alta nesta quinta-feira (11/5) e passa bem, segundo boletim médico. Ele continuará o tratamento em casa, via ambulatorial.

Mateus deu entrada na última sexta-feira (28/4), após ter sido fortemente agredido com um cassetete por um policial militar durante manifestação da greve geral, em Goiânia. No dia seguinte à internação, foi submetido a procedimentos cirúrgicos com as equipes de Neurocirurgia e Bucomaxilofacial. A pancada que o capitão deu contra o jovem foi tão forte que arrancou a capa de borracha que encobre o cassetete.
O capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37.; Companhia Independente, ligada ao Comando do Policiamento de Goiânia, foi afastado pela Polícia Militar de Goiás e deve se dedicar a atividades administrativas. A punição dura ao menos 30 dias, período em que será conduzido Inquérito Policial Militar sobre o caso. O prazo para a investigação ainda pode ser prorrogado por mais 15 dias, e depois o processo será encaminhado à Justiça.
O estudante passa bem e continuará o tratamento via ambulatorial. Ele deu entrada no hospital depois de ter sido agredido pelo policial em um protesto em Goiânia
No protesto do dia 28, a repressão teve início após a dispersão dos organizadores e a permanência de um grupo de jovens estudantes, a maioria deles mascarados. Durante a manifestação, vidraças de pelo menos um banco foram quebradas no centro de Goiânia.
Não há imagens que liguem o estudante aos atos de vandalismo. Silva aparece apenas correndo no meio da multidão quando o militar corta o seu caminho e desfere o golpe. Circularam pelas redes sociais imagens de quatro PMs batendo em uma jovem caída no chão. O próprio capitão é flagrado empurrando manifestantes.
A reitoria da Universidade Federal de Goiás (UFG), onde Silva estuda, condenou "atos de repressão contra o direito à livre manifestação". O Ministério Público goiano informou ainda que vai acompanhar todas as investigações para individualizar eventuais desvios de conduta.

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