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Mãe busca ajuda para diagnosticar transtornos do filho de 3 anos

O menino depende, desde o nascimento, do uso de aparelho para respirar e de sonda para se alimentar; mãe ainda não conseguiu diagnosticar os transtornos do filho

Karina Amaral*
postado em 06/06/2017 19:35
Matheus Blum nasceu prematuro. Desde o vigésimo dia de vida, precisa utilizar aparelho respiratório e sonda para se alimentar
Angélica Blum tem 26 anos, é dona de casa e mora em Joinville, em Santa Catarina. Como toda jovem, ela possui anseios e sonhos a serem concretizados. Porém, desde os últimos três anos e dez meses, sua rotina tem se tornado bastante difícil e incomum. Ela é mãe de Matheus, que pesa apenas 4,9, e depende de aparelhos respiratórios e sonda para se alimentar, diariamente. A causa dos transtornos ainda não foi identificada pelos médicos.

Blum conta que já buscou ajuda de ao menos 30 médicos das redes pública e privada de Santa Catarina, e não obteve nenhum diagnóstico. "Como os exames de genética dele deram normais, eles não correm atrás. Não tem uma equipe médica, é cada um com sua especialidade. Eles não conversam sobre o caso e não tomam uma atitude. Para eles, está confortável, porque quem cuida somos nós, pais, em casa. Ninguém sabe dizer nada", desabafa a moça.

Desesperada com a situação do filho, Angélica busca ajuda e faz uma campanha nas redes sociais (Facebook e Instagram) para arrecadar dinheiro, e conseguir levar Matheus a um hospital particular de São Paulo (onde há profissionais em traqueostomia) e, ainda, pagar o alimento do menino, via sonda, que o SUS não fornece. "Sempre fizemos rifas com a ajuda da comunidade para arcar com os gastos da alimentação, pois os leites são especiais e de alto custo", afirma a dona de casa que já até pediu, via e-mail, ajuda para o presidente Michel Temer, que respondeu por meio de sua assessoria que o pedido seria encaminhado a outro órgão. Entretanto, não obteve retorno. Segundo Angélica, também foi aberto um processo judicial em novembro do ano passado para conseguir ajuda de especialistas.
A mãe de Matheus criou uma página no Facebook com a finalidade de arrecadar dinheiro para levá-lo a um hospital particular de São Paulo

Felicidade x angústia

Em novembro de 2012, Angélica soube que estava grávida de seu filho mais novo, Matheus. Como toda mãe, ela ficou alegre com a descoberta. Mas a felicidade, a partir dos sete meses de gestação, veio acompanhada de angústia, pois o médico que a acompanhava detectou que os batimentos cardíacos da criança estavam fracos.

Não foi possível manter a gestação e Matheus nasceu prematuro, com 2,4kg, após uma cesárea. Logo após o nascimento, ele teve convulsões e precisou ser entubado. No 20; dia de vida, passou a usar aparelho respiratório e, aos três meses, seu peso se estabilizou em 4,9 quilos, sendo necessária uma sonda para se alimentar.
Angélica também posta imagem no Instagram, com informações de sua conta bancária, para arrecadar dinheiro

Desde então, o menino é dependente dos dois procedimentos. Na época em que nasceu, os médicos suspeitaram que Matheus tinha síndrome genética e realizaram vários exames, mas não conseguiram confirmar. Os exames, segundo a mãe, são normais.

*Estagiária sob supervisão de Ana Letícia Leão.

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