Jacqueline Saraiva
postado em 13/06/2017 12:23
Após investigação iniciada em março deste ano, a Polícia Federal (PF) fez uma operação nesta terça-feira (13/6) para prender uma quadrilha que planejava a fuga de um preso da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande (MS). No total, aproximadamente 30 policiais federais e 20 policiais militares do Batalhão de Choque participaram da Operação Cerberus, nome dado em alusão à criatura responsável por impedir a fuga das almas de criminosos que tentavam escapar do inferno, segundo a mitologia grega. A ação foi feita em conjunto com a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) do estado.
[SAIBAMAIS]No total, foram expedidos três mandados de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à força para depor, um de prisão preventiva e 4 de busca e apreensão, na cidade de Campo Grande, onde o grupo planejava realizar o resgate do presidiário. A ordens são da 1; Vara Criminal de Três Lagoas.
Segundo a investigação, em março, o líder da organização criminosa orquestrou a tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com o uso de uma pistola calibre .380, mas o plano foi frustrado. O presidiário foi transferido então para a Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, de onde passou a contar com o apoio da namorada e outros três comparsas, para contrabandear armas de fogo que seriam revendidas no sudeste do país.
No planejamento da nova tentativa de fuga, os criminosos esquematizaram inclusive a rendição e assassinato de agentes penitenciários durante escolta para uma consulta médica. O líder da quadrilha cumpre pena por porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio e ainda aguarda julgamento por crimes de uso de documento falso e porte ilegal de arma.
Os suspeitos do crime serão conduzidos para a Polícia Federal em Campo Grande, onde serão ouvidos e permanecerão à disposição da Justiça Estadual. Eles devem responder à Justiça por formação de quadrilha, posse e comércio ilegal de armas de fogo de uso restrito e fuga de pessoa presa. Somadas, as penas chegam a 28 anos de prisão.