Jacqueline Saraiva
postado em 19/07/2017 11:06
A Polícia Federal investiga um grupo criminoso que planejava assassinar agentes públicos em unidades prisionais, como forma de retaliação à aplicação de regime disciplinar mais rígido nas penitenciárias. São cumpridos, na manhã desta quarta-feira (19/7), 14 mandados judiciais por cerca de 30 policiais na Operação Força e União. Um levantamento da PF indica que integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) teriam assassinado dois agentes penitenciários federais em menos de um ano, nas cidades de Cascavel (PR) e de Mossoró (RN).
[SAIBAMAIS]De acordo com a PF, os internos afirmavam que as ações criminosas ocorriam em resposta à "opressão" sofrida por eles nas unidades prisionais. " o regime disciplinar mais rígido é legalmente imposto dentro das penitenciárias federais", afirmou a PF em nota.
Do total de ordens judiciais, 5 são de prisão preventiva, sendo uma em Mossoró e 4 em São Paulo. Oito ordens são de busca e apreensão, sendo 4 no Rio de Janeiro e 4 em São Paulo. Um mandado de condução coercitiva, quando a pessoa é levada a força para depor, é cumprida no Rio de Janeiro.
Crimes planejados
Os planos da facção, segundo a investigação da PF, seriam de executar dois agentes públicos por unidade prisional. A informação foi descoberta durante a apuração do homicídio de um dos agentes. No segundo caso, a investigação apontou que integrantes do PCC haviam planejado o crime há dois anos, na capital paulista.
Há indícios, segundo a PF, de que integrantes do grupo coletavam dados pessoais e da rotina da vítima, contando inclusive com a participação de pessoas próximas dela. "Não há pessoalidade nas ações do PCC, que escolhe seus alvos em razão das informações e de uma maior vulnerabilidade com o fim de se executar um plano preciso e sem deixar indícios de autoria", disse a PF.
Há indícios, segundo a PF, de que integrantes do grupo coletavam dados pessoais e da rotina da vítima, contando inclusive com a participação de pessoas próximas dela. "Não há pessoalidade nas ações do PCC, que escolhe seus alvos em razão das informações e de uma maior vulnerabilidade com o fim de se executar um plano preciso e sem deixar indícios de autoria", disse a PF.