Brasil

Segunda fase de operação contra pedofilia na internet ocorre em 14 estados

A Polícia Federal investiga um grande esquema de pedofilia na internet, no qual suspeitos utilizavam servidor russo para compartilhar vídeos e fotografias de abuso sexual contra crianças e adolescentes

Jacqueline Saraiva
postado em 25/07/2017 07:31
Ação ocorreu em 51 municípios de 14 estados
Uma investigação contra a exploração sexual de crianças e o compartilhamento de pornografia infantil na internet coloca a Polícia Federal (PF) nas ruas novamente nesta terça-feira (25/7). A segunda fase da Operação Glasnost, nome em referência ao termo russo que significa ;transparência;, reúne cerca de 350 agentes federais para cumprir 77 ordens judiciais em 51 municípios de 14 estados brasileiros. A primeira fase ocorreu em novembro de 2013, quando foram cumpridos 80 mandados de busca e prisão e realizadas 30 prisões em flagrante por posse de pornografia infantil.

De acordo com a Polícia Federal, do total de mandados judiciais, 72 são de busca e apreensão, três de prisão preventiva e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é levada à força para depor. Os estados onde ocorrem as buscas são: Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Ceará, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Piauí, Pará e Sergipe.

Em novembro de 2013, a PF conseguiu identificar e prender diversas pessoas suspeitas de abuso sexual, além de resgatar vítimas, com idades entre 5 e 9 anos. A investigação foi iniciada com base no monitoramento de um site russo, que era utilizado por pedófilos em todo mundo como um "ponto de encontro", conforme afirmou a PF em nota. "Resultou na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso", diz a PF no texto.

Casos identificados

Antes da segunda fase, realizada hoje, a PF cumpriu medidas urgentes nas cidades de Osasco (SP), Presidente Prudente (SP), Porto Alegre (RS), Vila Velha (ES), Jundiaí (SP), Praia Grande (SP), Campo Grande (MS) e Cachoeira do Itapemirim (ES). As ações foram possíveis por conta da identificação de casos concretos de abusos sexuais contra crianças.

A investigação apontou que os suspeitos produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.

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