postado em 28/07/2017 21:47
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu denúncias de que alguns hospitais estão utilizando furadeiras domésticas ; usadas, por exemplo, para furar paredes ; em procedimentos cirúrgicos.
A autarquia não informou, contudo, quantos e quais são esses hospitais. Mas, a agência disse que já acionou a vigilância sanitária local para verificar a veracidade das denúncias e, se for, o caso, autuar as unidades de saúde.
Furadeiras costumam ser utilizadas em procedimentos ortopédicos e neurológicos, porém há um tipo de instrumento específico para o uso cirúrgico. Entre as características que inviabilizam a utilização das domésticas estão o fato de que elas não podem ser esterlizadas, o que dificulta a limpeza. Além disso, oferecem risco de choque elétrico e superaquecimento, criando até risco de necrose em tecidos.
Entenda a diferença entre os dois tipos de furadeiras:
Furadeira Cirúrgica
- O cirurgião pode controlar a rotação da broca;
- Pode ter sistema de resfriamento;
- Usa broca autoblocante, ou seja, que interrompe o sistema depois de perfurar o osso;
- Cada modelo possui orientações específicas do fabricante para esterilização.
Furadeira Doméstica
- Não possui controle de rotação;
- Pode aspirar partículas de osso para o seu interior e aumentar o risco de contaminação;
- Não pode ser esterilizada;
- Óleo utilizado na lubrificação pode contaminar o centro cirúrgico;
- Não possui proteção contra descarga elétrica.
Fonte: Anvisa