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Mais de 40 pessoas já foram presas por envolvimento em ataques no Acre

A situação está sendo acompanhada por um grupo que reúne profissionais das polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros, do Gabinete Militar do Estado, da prefeitura de Rio Branco e do Exército

postado em 08/08/2017 19:29
Nesta terça-feira (8/8), 11 pessoas foram presas acusadas de envolvimento em incêndios a ônibus e outros ataques que ocorreram no Acre desde o último sábado (5/8), segundo informações do Sistema Integrado de Segurança Pública (SISP) do estado. Três veículos foram apreendidos. Ao todo, desde sábado, 44 pessoas foram presas; 13 motocicletas, uma caminhonete; 15 celulares e outros equipamentos eletrônicos foram apreendidos, além de dinheiro e entorpecentes. Nove adolescentes foram detidos e levados para prestar depoimento.

Novas ocorrências foram registradas na manhã de hoje. Três ônibus da rede municipal de ensino foram queimados em Porto Acre. No município de Senador Guiomard houve um incêndio em uma fábrica de reciclados. Já na capital, Rio Branco, foi registrada uma tentativa de incêndio a um caminhão. À tarde, não houve confirmação de outros ataques. A situação está sendo acompanhada por um grupo que reúne profissionais das polícias Civil, Militar, Corpo de Bombeiros, do Gabinete Militar do Estado, da prefeitura de Rio Branco e do Exército.


Facções


Os órgãos de segurança pública trabalham com a hipótese de que as ações foram feitas em represália à instalação de bloqueadores de celular no presídio Antônio Amaro Alves e no Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde. Em junho, operação do Exército em parceria com agentes de segurança do Acre culminou na apreensão de mais de 700 itens irregulares em presídios do estado, entre eles celulares e chips.

Os problemas no sistema prisional do estado têm crescido desde o ano passado. Em outubro 2016, conflitos entre facções terminaram com quatro presos mortos e 19 feridos. Em maio de 2017, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) diagnosticou a gravidade da situação. Por meio de vistoria técnica, o órgão confirmou que o espaço do presídio é dividido entre Comando Vermelho, PCC e outras facções criminosas do Acre.

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