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Secretaria de Segurança e MP fazem operação para prender policiais

Segundo a denúncia, a organização criminosa atuava impondo "extremo terror". Em muitos casos, a vítima da extorsão era levada para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime

Agência Estado
postado em 05/09/2017 10:04
A Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) realizam operação para prender quatro policiais civis e dois informantes do grupo por corrupção. Segundo as investigações, a organização levantava informações de pessoas envolvidas com atividades ilícitas e passava a exigir quantias em dinheiro para que estas não fossem presas em flagrante. Os agentes então, usavam veículos, distintivos e a estrutura da corporação para extorquir os cidadãos em troca da não detenção pelos crimes.

De acordo com a Secretaria de Segurança, o esquema iniciou quando os policiais eram lotados na 36; Delegacia de Polícia e continuou após a transferência do grupo para a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Niterói, a partir de maio de 2017.

Um exemplo da atuação do grupo foi a extorsão contra uma mulher, proprietária de um carro Citroen C3. "Avisados pelos informantes de que o veículo era produto de crime, os policiais foram até a residência da vítima, a abordaram e informaram que ela seria presa, caso não concordasse com o pagamento de R$ 10 mil ao grupo", informou a secretaria, em nota.

Segundo a denúncia, a organização criminosa atuava impondo "extremo terror". Em muitos casos, a vítima da extorsão era levada para o interior da delegacia, sob o pretexto de ter sido flagrada praticando algum crime.

Os policiais e os informantes ameaçavam e, em alguns casos, até agrediam fisicamente as vítimas para exigir delas e de seus familiares altas quantias em dinheiro em troca de sua liberação.

De acordo com as investigações, os policiais permitiam aos seus informantes presos o uso de distintivos e armas de fogo da polícia e até a direção de veículos da instituição para a prática dos crimes.

Os seis foram denunciados pelo MP-RJ por organização para atividade criminosa, extorsão mediante sequestro, usurpação de função pública e corrupção.

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