Trabalhadores dos Correios de 23 estados e do Distrito Federal continuam em greve por tempo indeterminado. 31 sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) aderiram à paralisação. De acordo com a federação, nesta terça-feira (26/9), 13% dos trabalhadores estão parados, o que indica um crescimento no número de funcionários que aderiram à greve. Na sexta-feira, apenas 10% do efetivo total havia deixado as atividades.
Em todo o país, a rede de atendimento está aberta e todos os serviços, inclusive o SEDEX e o PAC, continuam disponíveis. Apenas os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão com postagens suspensas para os seguintes destinos: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, e para algumas cidades do interior de São Paulo e de Pernambuco.
[SAIBAMAIS]Entre os motivos da greve nacional também estão a pressão para adesão ao plano de demissão voluntária, ameaça de demissão motivada com alegação da crise, ameaça de privatização, corte de investimentos em todo o país, falta de concurso público, redução no número de funcionários, além de mudanças no plano de saúde e suspensão das férias para todos os trabalhadores, exceto para aqueles que já estão com férias vencidas.
Eles também reivindicam 8% de reposição salarial e reajuste de 10% no valor dos demais direitos, e alegam que a direção dos Correios emperrou as negociações durante mais de 50 dias, ;sem apresentar proposta que não fosse a retirada de cláusulas já existentes no acordo em vigor;, informou a assessoria de imprensa da Fentect. Os Correios propõem o reajuste de salário de 3% a partir de janeiro do próximo ano.
Por meio de nota, os Correios lamentaram a iniciativa da Fentect de entrar em greve. ;A Fentect iniciou a paralisação nas bases de seus sindicatos filiados antes do fim das negociações. Essa atitude coloca em risco não apenas a qualidade dos serviços prestados pelos Correios aos clientes e à população brasileira, mas também prejudica o esforço de todos os empregados que, ao longo deste ano, trabalharam para reverter a situação financeira da empresa;, diz a nota.