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Homem é morto em tiroteio na favela da Rocinha

A suspeita é de que o rapaz era um traficante que fazia parte do grupo de Rogério Avelino da Silva, o chefe do tráfico de drogas na comunidade

Agência Estado
postado em 29/10/2017 19:11
Anúncio veiculado por autoridades do Rio de Janeiro. O criminoso está sendo procurado pela polícia há mais de um mês
Um homem que seria traficante morreu em um tiroteio na Favela da Rocinha, na zona sul do Rio, na tarde deste domingo (29/10). Segundo a Polícia Militar, ele portava uma arma que tinha a inscrição "157", o que indica que faz parte do grupo de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, apontado como o chefe do tráfico de drogas na comunidade. O criminoso está sendo procurado pela polícia em diferentes favelas há mais de um mês, desde que houve a invasão da comunidade por rivais.

A PM informou que policiais do Batalhão de Polícia de Choque faziam patrulhamento na Rocinha por volta das 15h, na localidade conhecida como Valão, e foram surpreendidos por criminosos, que fizeram vários disparos contra o grupo. Com o homem morto, foram encontrados uma pistola Taurus calibre 9 milímetros, que tinha o número 157 estampado na coronha (parte inferior da arma), carregador e munições. Drogas também foram apreendidas. O homem chegou a ser levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, onde morreu.

Tensão


A situação na Rocinha é instável desde o dia 17 de setembro, quando bandidos tentaram tomar o controle dos lucrativos pontos de venda de droga dominados por Rogério 157. Eles agiram a mando de Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, encarcerado no presídio federal de Porto Velho (RO). Nem era o "chefe" de Rogério antes da prisão, em 2011.

A invasão deu início a uma sequência de tiroteios que deixaram a população impedida de sair de casa, interromperam as atividades de escolas, creches, postos de saúde e pontos comerciais, e levaram o Estado do Rio a pedir o auxílio de 500 militares Forças Armadas para auxiliar o trabalho da polícia.

Os efetivos fizeram operações conjuntas por nove dias, e deixaram a favela no dia 29 de setembro, sendo substituídos por 500 policiais. Estes vêm se ocupando de revistas, bloqueios e operações de busca de traficantes, armas e drogas. Neste domingo, a reportagem questionou a PM se o efetivo continua reforçado, mas não obteve resposta.

O secretário de Segurança do Rio, Roberto Sá, esteve na Rocinha na ocasião da saída do Exército, Marinha e Aeronáutica, e afirmou que a polícia faria "seu máximo" para proteger os moradores.

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