Gabriela Vinhal
postado em 10/11/2017 18:17
O partido Frente Favela Brasil (FFB) entrou com uma denúncia, por meio do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (10/11), contra o jornalista William Waack, da TV Globo. Em nota, a legenda demonstrou repúdio pela declaração racista do apresentador em um vídeo que circulou nas redes sociais na última terça (8/11).
Em nota, o partido afirmou ainda que "se vê obrigado a realizar esse tipo de ação, para reafirmar sua luta diária por uma sociedade sem ódio racial, sem preconceito, sem discriminação de cor, classe social, gênero, orientação sexual e crença religiosa".
"Tomamos a decisão de acionar o nosso Departamento Jurídico, porque o Frente Favela Brasil entende que não cabe mais esse tipo de fala. Isso é inadmissível em todas as esferas da sociedade, vindo de um formador de opinião em uma das principais emissoras de televisão se torna mais grave ainda. Não podíamos ver aquele vídeo e ficarmos parados;, explicou Wanderson Maia, co-presidente do Frente Favela Brasil.
"É coisa de preto"
O vídeo mostra Waack conversando, durante o intervalo do Jornal da Globo, com o também jornalista Paulo Sotero. Eles apresentavam o telejornal transmitido à época de Washington, nos Estados Unidos, devido às eleições norte-americanas do ano passado, que culminaram na vitória de Donald Trump.
A conversa entre os dois é interrompida por um som de buzina na rua, que faz Waack gritar agressivamente: ;Tá buzinando o que, ô seu m... do cacete?;, e vira para o colega e diz: ;Não vou nem falar o que é porque eu sei quem é, isso é coisa de preto;. Com a divulgação do vídeo, a Rede Globo decidiu afastar o apresentador das suas atividades.
Mobilização
Nas redes sociais, internautas reagiram ao comentário de Waack com a hashtag "É Coisa de Preto". O objetivo da campanha foi reacender o debate contra o racismo e enaltecer as conquistas de grandes personagens negros na história do Brasil e do mundo.
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