Brasil

Temer autoriza atuação das Forças Armadas no Rio Grande do Norte

Em 48 horas, 2 mil homens devem desembarcar no estado para garantir a segurança da população e dos turistas, já que a Polícia Militar e Policial Civil do estado estão de greve

Deborah Fortuna
postado em 29/12/2017 12:18
A expectativa é que, até a tarde de hoje, 500 homens cheguem na cidade
O presidente Michel Temer assinou na manhã desta sexta-feira (29/12) o decreto da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) que determina que as Forças Armadas atuem na segurança pública do Rio Grande do Norte. A expectativa é que, até a tarde de hoje, 500 homens cheguem na cidade. Em 48 horas, esse número deve aumentar para dois mil. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.

A operação, a princípio, será de 15 dias, mas pode se estender por prazo indeterminado. Segundo Jungmann, a decisão foi feita para garantir a segurança da população e dos turistas, já que a Polícia Militar e Policial Civil do estado estão de greve. "Dada a permanência do impasse na questão salarial e a recusa dos policiais militares e civis, e considerando que até agora não temos um descontrole, nós levamos a Temer nosso entendimento que se faça uma ação da GLO", contou o ministro.

Além disso, outros 190 membros da Força Nacional também foram remanejados para a região e já estão em solo potiguar. A maioria da tropa deve atuar na cidade de Natal e Mossoró. "Como das duas vezes anteriores, vamos chegar pra garantir a vida a propriedade e a observância da lei. Como da vez anterior só deixaremos o Rio Grande do Norte em clima de tranquilidade, segurança e paz", garantiu Jungmann.

[SAIBAMAIS]No sábado (30/12), o ministro também deve ser deslocar até o Rio Grande do Norte e dar suporte as tropas. "Decidi permanecer em Natal durante o ano novo. Esse é um gesto simbólico de solidariedade. Aqueles rapazes que vão deixar suas esposas e famílias para garantir as famílias de lá que vão festejar o ano novo. Esses rapazes que ganham mal tem compromisso com o Brasil, com a vida das pessoas e inclusive vão garantir a segurança da família dos policiais", afirmou.

Apesar de afirmar entender "as condições, e o atraso salarial", Jungmann criticou a paralisação dos agentes de segurança. "Acima disso há dois valores: o juramento que faz um policial de defender a comunidade e a vida daqueles que ele serve. E deveria existir um sentimento de que apesar de todas as ilicitudes, o valor mais sagrado é a vida. E a sociedade deposita a confiança neles. E como guardiões da vida e da propriedade, aqui faço um apelo para que eles retomem", disse.
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