Otávio Augusto
postado em 03/01/2018 20:51
O relatório da inspeção no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia (GO) deve ficar pronto nesta quinta-feira (4/1). O documento será enviado à presidente do Supremo Tribunal (STF), ministra Cármen Lúcia. Ela cobrou explicações sobre as condições do presídio após uma rebelião que terminou com nove mortos, 14 feridos e 99 presos foragidos.
A vistoria durou cerca de 1h20 minutos e começou por volta das 9h desta quarta-feira (3/1). Seis presos foram ouvidos por 40 minutos. O conteúdo dos depoimentos dos presos não foi divulgado. As informações serão usadas no relatório, que deve ser entregue à ministra Cármen Lúcia. Ela deve apontar falhas da unidade prisional.
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Participaram da revista o presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), Gilberto Marques, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO), do Ministério Público de Goiás (MPGO), da Defensoria Pública de Goiás, da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, do Comando-Geral da Polícia Militar de Goiás e da Superintendência de Administração Penitenciária de Goiás.
Cármen Lúcia determinou na terça-feira (2/1) que o TJGO produzisse um relatório em até 48 horas apontando as condições no presídio como superlotação, situação das estruturas, segurança, entre outros detalhes. A ordem ocorreu após o motim de segunda-feira (1;/1). O texto do documento começou a ser redigido na tarde desta quarta-feira.
Durante a inspeção, homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar fizeram a segurança do local. Um helicóptero da PMGO monitorou a região. O grupo que participou da vistoria chegou escoltado em um comboio.