Um pente-fino realizado pela Controladoria-Geral da União em pessoas cadastradas no programa Bolsa Família apontou cerca de 346 mil indícios de fraude. Desses, a maioria não teria direito ao benefício por não cumprir regras determinadas para a participação, como a renda mensal acima de R$ 170.
Segundo a auditoria, foram identificados servidores públicos que possuem casa própria e carro importando entre os beneficiados pelo programa. Estima-se que o valor pago indevidamente chega a R$ 1,3 bilhão.
A investigação dos cadastros teve início após uma série de CPFs e cadastros familiares apresentarem valores estranhos.
De outubro de 2016 até hoje 4,7 milhões de cadastros já tiveram seu benefício sobre revisão para averiguar fraudes. Para o secretário de controle interno da CGU, Antônio Carlos Leonel, o principal problema são os cadastros que já são iniciados de modo errado. De acordo com ele, pessoas que já possuem um padrão de qualidade estável se utilizam do programa.
Após assumir o cargo, o presidente Michel Temer pediu a realização de um pente-fino nos cadastros e foram constatadas 2,2 milhões de famílias de forma irregular no programa porém, naquela época(2016), 46% desses beneficiados tinham a renda menor do que haviam declarado anteriormente.