Andressa Paulino*
postado em 22/01/2018 21:20
Além da falta de dinheiro para pagamento de salários e manutenção de equipamentos de instituições públicas, como a polícia, os moradores do Rio de Janeiro estão se deparando com o aumento de casos de violência no estado. Durante a manhã de domingo (21/1) a estudante Larisse Isídio da Silva, 21, foi baleada no abdômen após uma tentativa de assalto na praia da Reserva, na região da Barra da Tijuca.
Os criminosos tentaram assaltar um policial militar que estava na praia de folga com a família. O agente reagiu e um dos criminosos efetuou disparos no momento em que fugia. Larisse foi levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge e, apesar de ainda em estado grave, se encontra estabilizada, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde.
O caso não é isolado. Durante uma outra tentativa de assalto, uma mulher grávida de 8 meses foi baleada na cabeça na região de Belford Roxo, na Baixada Fluminense no dia 13 de janeiro. Michelle Ramos da Silva Nascimento, de 33 anos, estava no carro acompanhada do marido quando os dois foram abordados por homens armados.
Michelle passou por uma cirurgia de descompressão craniana ao mesmo tempo em que os médicos realizavam uma cesariana. De acordo com a assessoria do Hospital das Clínicas Mário Lioni o estado da criança continua grave e ele respira com auxílio de aparelhos. Já a mãe apresenta melhoras e segue em acompanhamento.
Mapeamento
Segundo o balanço anual do aplicativo Fogo Cruzado, o estado do Rio de Janeiro registrou em média 16 tiroteios/disparos de arma de fogo por dia na Região Metropolitana em 2017. Ao todo o aplicativo recebeu 5993 notificações. O município do Rio de Janeiro registrou em torno de 699 vítimas fatais decorrentes de conflitos armados, enquanto cerca de 165 mil alunos da rede municipal de ensino foram afetados com suspensão de aulas por conta da violência.
*Estagiária sob supervisão de