Bruno Santa Rita*
postado em 30/01/2018 18:32
As instituições financeiras e carros-fortes aparecem mais aos olhos de assaltantes como boas oportunidades de roubo. Em um ano, o Brasil teve aumento de 68% no número de ataques a carros-fortes, segundo a Pesquisa Nacional de Ataques a carros-fortes e a bancos de 2017. Para ataques a bancos, o aumento registrou 18,9%. A pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Segurança Privada, Federação dos Vigilantes do Paraná e o SindVigilantes Curitiba (CONTRASP).
Segundo João Soares, presidente da CONTRASP, os casos tem ocorrido com mais frequência devido ao armamento militar dos bandidos. ;Eles estão mais bem armados. Eles tem equipamentos para derrubar aviões. É um armamento militar;, sinaliza preocupado.
Em 2017, o número de ataques a carros-fortes bateu o recorde, contabilizando 109. Em 2016, foram registrados 65 atentados do tipo. A cidade que mais sofre com o fato é São Paulo (22 ataques), seguida de Pernambuco, com 21 e Paraná, com 11. Já sobre os ataques contra bancos, o número é de 2475, em 2017, contra 2082 registradas no ano anterior.
Solução
Enquanto os assaltantes têm acesso à armamento pesado, os vigilantes podem utilizar revólveres calibre 38, pistola 380 e carabina calibre 12. Devido à desigualdade, a CONTRASP atuou no Senado Federal com o Projeto de Lei do Senado 16;2017 (PLS), que permite o uso de armas com calibre maior pelos vigilantes. Segundo Soares, essa não é a melhor solução. ;Isso não resolve o problema de segurança. Teríamos que ter uma participação mais ativa da segurança pública no sentido de tirar de circulação esse armamento pesado ilegal que os bandidos usam;, explica.
Além disso, Soares explica que outra alternativa seria diminuir a quantia de dinheiro carregada pelos carros-fortes. ;Eles levam até R$30mi. É uma boa oportunidade. O bandido vê que vale mais a pena cometer o crime;, reclama.
**Estagiário sob supervisão de