Simone Kafruni
postado em 07/02/2018 13:01
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrica, reunido nesta quarta-feira (7/2), que, no mês de janeiro de 2018, as chuvas foram inferiores à média na maior parte do Brasil, com exceção da Região Sul. No Rio Madeira, as precipitações superaram ligeiramente a média histórica, especialmente na porção sul e oeste da bacia.
Em termos de Energia Natural Afluente (ENA) das bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e Tocantins, que juntos concentram cerca de 80% da capacidade de armazenamento do Sistema Interligado Nacional (SIN), se configurou o segundo pior valor histórico no período de janeiro a dezembro de 2017 para todas as quatro
[SAIBAMAIS]Já em janeiro de 2018, a ENA para essas bacias se configurou como 19; pior, 10; pior, 5; pior e 9; pior valor do histórico, respectivamente, o que representa uma melhora em relação aos índices do ano passado.
Segundo o CMSE, a Energia Armazenada (EAR) verificada no fim de mês de janeiro de 2018 foi de 31,3% nos reservatórios do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, de 81,9%, no Sul, de 17,8% no Nordeste e de 32,3%, no Norte. Os valores esperados de armazenamentos equivalentes ao final do mês de fevereiro de 2018 são: 39,9% no Sudeste/Centro-Oeste, 78,8% no Sul, 23,7% no Nordeste e 49,1% no Norte.
Fenômeno La Niña
O ONS destacou que o fenômeno de La Niña, em curso, ;parece se encontrar perto de seu ponto de auge, embora apresentando intensidade fraca;. Nos próximos sete dias, são esperadas chuvas mais abundantes nas bacias dos rios São Francisco, Tocantins e Xingu, onde os acumulados podem ultrapassar ligeiramente os valores históricos.
Deve chover abaixo da média histórica nas bacias do subsistema sul e na bacia do rio Paranapanema e espera-se chuva em torno da média nas bacias do Grande, Paranaíba e Madeira. ;O cenário mais provável de previsão para a segunda semana é de chuvas inferiores à média principalmente nas bacias dos rios São Francisco e Tocantins. Nas demais bacias do SIN a precipitação acumulada deve ficar em torno dos valores médios históricos do período;, diz a nota do CMSE.
Com isso, a análise de risco de qualquer deficit de energia em 2018 é igual a 0,3% e 0,1% para os subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Nordeste, respectivamente.