Uma operação do Ministério Público (MP) e da Polícia Civil do Rio de Janeiro resultou na prisão de sete pessoas, acusadas de fraudes no fornecimento de água para escolas e hospitais em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As primeiras apurações indicam que o prejuízo para os cofres públicos com a água que deixou de ser fornecida é de pelo menos R$ 2,250 milhões. As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (8/2), em entrevista à imprensa na Cidade da Polícia.
Entre os presos, está um ex-vereador da cidade, Francisco dos Santos, conhecido como Chico Borracheiro, um filho dele, que foi assessor do prefeito na gestão passada, e sua nora. Também tiveram pedido de prisão aceito pela Justiça dois funcionários da empresa Cris Duque de Caxias Transportes e dois servidores da prefeitura.
De acordo com o titular da 62; Delegacia Policial, Marcos Santana, a fraude consistia em entregar menos água, em carros-pipa, do que era descrito nas notas fiscais. Por vezes, não se entregava nenhuma água, e as notas eram preenchidas depois, como se tivessem sido entregues milhares de litros, e gerando cobranças ilegais.
O promotor Rogério Lima Sá Ferreira, integrante do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), disse que, ao longo dos trabalhos, outros fatos foram descobertos, o que gerou novas investigações, ainda em andamento, sobre outros crimes.
A empresa Cris Duque de Caxias Transportes venceu concorrência em 2014 para fornecimento de água, no valor total de R$ 8,8 milhões, por meio de carros-pipa, para escolas, hospitais e unidades de saúde do município de Duque de Caxias.