Uma bola de fogo vista no céu em diversas cidades da Bahia intrigou moradores, na noite de terça-feira (20/2). Um clarão no céu foi percebido em cidades do interior e do litoral da Bahia, por volta de 22h30, mas durou poucos segundos. O fenômeno levantou diversas especulações nas redes sociais. "Eu vi a hora. No primeiro minuto pensei que era o ;fim do mundo;", comentou no Facebook uma moradora de Conceição do Coité, a 200 km de Salvador.
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A câmera de monitoramento do céu da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Brampn) registrou o forte clarão. Segundo o brasiliense Marcelo Domingues, responsável por três estações de monitoramento no Distrito Federal, não há motivo para alarde, e o que assustou a população da Bahia foi apenas um meteoro de alta luminosidade. "Foi um meteoro relativamente grande que entrou na atmosfera e começou a queimar em direção ao mar, e foi muito brilhante", comenta.
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[SAIBAMAIS]Meteoros são rastros luminosos provocados por rochas que estão vagando pelo espaço e, ao cruzar o caminho da Terra, entram em combustão quando atingem a atmosfera. Quando isso acontece, a rocha espacial produz um brilho intenso. Quando a rocha ainda não entrou em contato com a atmosfera da Terra, o nome dado é meteoroide, e passa a ser chamada de meteorito em contato com a superfície terrestre.
Dados preliminares coletados por pesquisadores mostram que o meteoro entrou na atmosfera terrestre no sentido nordeste para sudeste, e explodiu sobre o Oceano Atlântico, a cerca de 83 km da Praia de Guarajuba, norte da Bahia, e aproximadamente a 29 km de altitude. Ainda não é possível saber o tamanho e qual a velocidade máxima atingida pelo corpo celeste.
Segundo Domingues, fenômenos como esse não são incomuns e a novidade nesse caso da Bahia está na luz do meteoro. "Brilhante desse jeito são raros, acontecem uma ou duas vezes por mês no mundo;, comenta.
Em 2014, a queda de um meteorito foi registrada no Distrito Federal, entre Planaltina e Formosa. Foi a primeira vez que um fragmento vindo do espaço foi capturado por uma rede de monitoramentos. O Distrito Federal conta com três câmeras de monitoramentos de meteoros, com previsão de instalação de ao menos cinco câmeras nos próximos meses.