Ingrid Soares
postado em 16/04/2018 22:35
Na última sexta-feira (13/4), uma comitiva do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) esteve em Belém para averiguar a situação após rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário de Santa Izabel. O objetivo, segundo o Ministério, foi o de garantir o acolhimento dos familiares, identificar demandas e sensibilizar o governo do estado sobre a urgência em identificar as vítimas após rebelião. A pasta foi informada de que, ao todo, 48 presos fugiram após a rebelião que culminou na morte de 22 pessoas, dentre elas um agente penitenciário, no último dia 10.
A Ouvidora Nacional do Ministério dos Direitos Humanos, Érica Queiroz, juntamente com a Defensoria Pública do estado, promoveu a escuta e acolhimento de familiares das vítimas e o encontro com órgãos do Sistema de Justiça, além da entrega de um ofício ao secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Luiz Fernandes Rocha com pedido da listagem de vítimas mortas, desaparecidas ou com lesão corporal, além de informações sobre alimentação, vestuário e kit de higiene. A reestruturação do financiamento do fundo penitenciário e a criação de um comitê de combate à tortura também foi discutida.
Memória
Em Belém, uma tentativa de resgate em massa de presos resultou em 22 mortos no Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III, no Complexo Prisional de Santa Izabel. Na tarde do dia 10, um grupo armado tentou invadir o local para dar cobertura à fuga dos presos que também estavam armados, iniciando um tiroteio entre eles e a polícia.