Brasil

Mulher é presa por tentar fraudar concurso público com relógio inteligente

Em seu interrogatório, a concurseira informou que havia um acerto entre ela e um candidato para o ajudar a ser aprovado no certame e para isso receberia R$ 35 mil

Diário de Pernambuco
postado em 23/04/2018 09:34
Relógio apreendido com a candidata
Uma graduada em administração de empresas, de 27 anos, natural de Triunfo, no Sertão (PE), foi autuada em flagrante quando tentava fraudar uma prova do Conselho Regional de Farmácia. A suspeita fazia o exame numa escola em Boa Viagem, quando um fiscal desconfiou de sua atitude. A candidata se dirigiu constantemente ao banheiro e também escondia um relógio de pulso com acesso à internet por baixo da manga da blusa.

Imediatamente ao ser descoberto o relógio, a candidata foi comunicada de sua eliminação do certame e, mesmo assim, ela sempre insistia em ir ao banheiro. Policiais Militares do 19; Batalhão da Polícia Militar, localizado no Pina, foram acionados. Em conversa com os fiscais e com os militares, a mulher informou que um outro candidato que estaria fazendo a prova seria o beneficiário dos dados dos gabaritos que seriam repassados através do relógio. O homem já havia deixado o local de prova e não foi localizado. A suspeita recebeu voz de prisão em flagrante.

Em seguida foi levada para a Delegacia da Polícia Civil em Boa Viagem, mas como se tratava de crime de competência federal, o caso foi encaminhado para a Polícia Federal. Ela foi autuada por fraudes em certames de interesse público e, caso seja condenada, poderá pegar pena que varia de um a quatro anos de reclusão. Após a autuação, a presa pagou fiança, foi submetida a exame de corpo de delito no IML e, em seguida, foi liberada. Ela responderá pelo crime em liberdade.

Em seu interrogatório, a concurseira informou que havia um acerto entre ela e um candidato para o ajudar a ser aprovado no certame e para isso receberia R$ 35 mil, que seria pago apenas em caso de aprovação. Disse também que ficou acertado que enviaria os dados da prova por meio de um relógio eletrônico, para um outro dispositivo que estava de posse do outro candidato suspeito, mas que ainda não havia encaminhado porque desistiu desta intenção por ter vários tipos de provas diferentes.

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