Brasil

Alvos de prisão em massa no Rio devem ser soltos nesta quinta-feira

A justiça determinou, na quarta-feira (25/4), a libertação de 137 dos 159 presos em ação que buscava integrantes de milícia no Rio. Defensoria diz que detenções são ilegais

Agência Estado, Correio Braziliense
postado em 26/04/2018 07:32
Desde as prisões, a Defensoria Pública vem denunciado que a maioria das prisões foi ilegal
Os 137 presos liberados pela justiça, após acusação de integrarem uma milícia no Rio de Janeiro, devem ser soltos a qualquer momento. A decisão judicial ocorreu na tarde dessa quarta-feira (25/4). Eles estavam detidos desde o último dia 7. A decisão é do juiz Eduardo Marques Hablitschek, da 2; Vara Criminal de Santa Cruz (zona oeste), que atendeu pedido do Ministério Público do Estado do Rio.

No dia 19, esse mesmo juiz havia ordenado a libertação do artista de circo Pablo Dias Bessa Martins, também detido na operação policial. Ao todo, na ação do dia 7, foram presos 159 homens, que estavam em um evento público com shows de três bandas de pagode, realizado em um sítio da zona oeste. Algumas pessoas reagiram à ação policial, houve troca de tiros e foram apreendidos 12 fuzis e 12 armas de outros tipos.

Desde as prisões, a Defensoria Pública vem denunciado que a maioria das prisões foi ilegal. O único que havia sido libertado até esta quarta-feira era Martins, que trabalha na Europa, tem contrato de trabalho em vigor e estava em férias no Rio.

Na terça-feira (24/4), o Ministério Público apresentou à Justiça pedido para que fossem revogadas as prisões de 138 pessoas - uma delas era Martins, que já estava em liberdade. A 20; Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1; Central de Inquéritos tinha investigado as condutas de cada um dos 159 presos e concluiu que há elementos para denunciar 21 deles - contra os outros 138 não existe nenhuma acusação.

Além de libertar os 137 presos, o magistrado determinou a entrega imediata dos fuzis apreendidos para a Polícia Civil. "Se a nossa sociedade ainda tem que conviver com o uso de fuzis dentro das cidades, que o seja por parte de quem defende seus cidadãos", diz na decisão.

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