Jacqueline Saraiva
postado em 26/04/2018 08:03
A Polícia Federal (PF) vai às ruas, nesta manhã de quinta-feira (26/4), para prender mais suspeitos de pornografia infantil. A Operação, intitulada #Underground 2, cumpre 10 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás, Pernambuco, Maranhão e Acre.
A nova fase da investigação ocorre após a prisão de 21 pessoas em 2017. A PF afirma que após a ação, foram realizadas novas apurações de conteúdo na chamada Deepweb, uma zona da internet que não pode ser detectada facilmente pelos mecanismos de busca padrão. O órgão conseguiu identificar um grupo de produtores de material de exploração sexual infantil.
[SAIBAMAIS]Em nota, a PF afirmou que foram desenvolvidas técnicas próprias para fazer a investigação digital. "Chegou-se a um grupo com ações em abrangência nacional, integrado por 13 pessoas, que se comunicavam em ambiente cibernético, onde ocorria o comércio das imagens ilícitas", afirmou o órgão.
Grande parte dos envolvidos abusava sexualmente de crianças e registravam as imagens. A segunda etapa consistia em divulgar e comercializar os vídeos na rede oculta. "Reuniam-se em salas virtuais dedicadas à pedofilia, onde trocavam, vendiam ou simplesmente disponibilizavam os arquivos ilícitos", explicou a PF.
Algumas vítimas já foram identificadas. O mais chocante nos casos é que, em quase todos os crimes, o agressor é uma pessoa do convívio da família da vítima ou até parte dela.
A publicação de imagens de pornografia infantil é crime que prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão. Já o estupro de vulneráveis prevê de 8 a 15 anos de prisão.