Brasil

Drones e cães farejadores ajudam na busca por vítimas de desabamento

Corpo de bombeiros afirma que, em um incêndio de grande proporção, é comum que o fogo demore para ser completamente apagado

Agência Estado
postado em 03/05/2018 10:24
Os Bombeiros delimitaram como área prioritária de atuação a zona na qual um homem, identificado como Ricardo, teria caído
Drone, câmera térmica, sensor, cães farejadores e retroescavadeiras estão entre os recursos utilizados pelos Bombeiros para resgatar possíveis vítimas do desabamento no centro de São Paulo. Ao todo, 367 bombeiros já participaram da ação. Nessa quarta (2/5), houve trabalho em duas frentes: remoção de escombros e contenção do fogo.

A câmera térmica permite identificar os pontos em que o incêndio está mais intenso (o que pode ultrapassar os 150;C). "A câmera nos aponta os locais de mais altas temperaturas, para onde os jatos de água são direcionados para que possam resfriar o local", diz o tenente Guilherme Derrite.

[SAIBAMAIS]O bombeiro afirma que, em um incêndio de grande proporção, é comum que o fogo demore para ser completamente apagado. "Os focos vão mudando. Quando se retira um escombro aparece outro foco", explica.

Além disso, a câmera permite identificar os ambientes de atuação "Por meio de infravermelho, ela me fornece uma imagem no display reproduzindo exatamente o ambiente. Se tiver algum obstáculo, uma escada, porta, um buraco no chão, consigo enxergar. Coisa que, a olho nu, não seria possível", explica o tenente André Elias.

Os bombeiros também utilizam uma espécie de microcâmera instalada em um cabo e que é conectada a um celular. O equipamento é utilizado para analisar ambientes muito restritos, por meio de buracos e frestas.
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Dentre os equipamentos, também há sensores infravermelhos. "Ele faz uma marcação do prédio em relação a um ponto na terra. Se ele tiver alguma movimentação, esse sensor apita. Isso quer dizer que o prédio está em movimentação e pode desabar. E isso não aconteceu em nenhum momento", aponta o capitão Marcos Palumbo.

Segundo Derrrite, uma das dificuldades é que o subsolo do edifício também era habitado, onde havia madeira, papel, tecidos e outros produtos inflamáveis. "É bem difícil para o Corpo de Bombeiros fazer a água chegar até esses locais", diz.

Os Bombeiros delimitaram como área prioritária de atuação a zona na qual um homem, identificado como Ricardo, teria caído. Para os agentes, esse é local é onde há maior probabilidade de haver vítimas.

Após 48 horas do incêndio, a retroescavadeiras serão utilizadas para retirar estruturas maiores, como vigas. Segundo o protocolo, em até uma semana uma pessoa pode sobreviver, desde que haja um espaço de sobrevivência, como debaixo de uma grande viga.

Auxílio

Os cães farejadores Hope (pastor belga) e Sara (labradora) também devem ajudar nas ações, assim que diminuir o calor nos escombros. Com a área mais resfriada, há expectativa dos bombeiros é de que os animais deem informações mais precisas sobre o paradeiro de vítimas sob os escombros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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