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Delegado diz que ninguém foi preso por morte de caminhoneiro em Rondônia

Ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann afirmou, horas após o crime, que o principal suspeito tinha sido detido pela Polícia Federal

Renato Souza
postado em 31/05/2018 19:02
Caminhão atingido por pedra em Rondônia
O delegado Núbio Lopes, da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil de Vilhena, em Rondônia, afirmou que ninguém foi preso por suspeita de participação da morte do caminhoneiro José Batistela, de 70 anos. As informações de Núbio se contrapõem as afirmações do ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Em coletiva de imprensa realizada no começo da noite de quarta-feira (30/5), Jungmann afirmou que ;o principal suspeito da morte do caminhoneiro foi preso pela Polícia Federal;.

No entanto, em contato com o Correio, o delegado Núbio Lopes, que é o responsável pelas investigações do caso, contou que as diligências ainda estão em andamento, mas não foram realizadas prisões. ;Em relação ao homicídio, ainda não ocorreu nenhuma prisão. Estamos apurando. Não sei o que levou o ministro a realizar esse equívoco. Mas deduzo que tenha ocorrido um desencontro de informações por conta da prisão de um homem, pela PF, acusado de incitação ao crime, mas que nada tem a ver com a morte do José. A detenção dele foi em outra situação, e em outro local;, afirmou.

Núbio contou que está conduzindo o caso com empenho e espera resultados em breve. ;Estamos trabalhando neste momento para chegar até os autores (da morte do caminhoneiro). Esperamos resolver essa situação o mais rápido possível. Mas temos que lidar com informações concretas e não com equívocos;, completou.

José Batistela foi morto enquanto dirigia o veículo, na BR 364, quando uma pedra foi jogada contra o para-brisas do caminhão. O objeto atingiu o motorista na cabeça. Ele foi atendido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos, morrendo no local. Informações obtidas pela reportagem apontam que no local havia um quebra-molas, que obrigou o idoso a reduzir a velocidade. Este fato reforça a hipótese de que o crime foi premeditado.

Em nota, a assessoria do ministro Raul Jungmann informou que um homem, identificado como Vagner de Souza Nava, foi preso em flagrante na Delegacia de Polícia Federal em Vilhena, como suspeito, poucas horas antes da coletiva do ministro". Ainda de acordo com o posicionamento, a pessoa presa "continua suspeita, e, através dela, a investigação pretende chegar a todos os que fizeram o ataque".

Procurada para comentar o assunto, a Polícia Federal não respondeu aos questionamentos até o momento.

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