Brasil

Quadrilha de contrabando de cigarros paraguaios é alvo da Polícia Federal

Investigação apura o comércio de cigarro paraguaio nos três estados da região sul e no Uruguai. A estimativa de créditos tributários evadidos supera os R$ 10 milhões

Jacqueline Saraiva
postado em 13/06/2018 10:27
Detalhe de roupas de policial federal e de agente da PRF

Uma quadrilha de contrabando de cigarros de origem paraguaia é alvo da Polícia Federal, na Operação Humo, que, nesta manhã de quarta-feira (13/6), cumpre 53 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Segundo o órgão, os criminosos tinham uma rede especializada de distribuidores da carga irregular nos três estados da região sul e no Uruguai.

Cerca de 200 policiais federais e 80 policiais rodoviários federais participam da ação, que mira os depósitos de mercadorias, estabelecimentos comerciais e endereços residenciais vinculados aos investigados. A Justiça também determinou o sequestro 32 veículos e o bloqueio de valores de contas bancárias de 16 pessoas. Os crimes investigados são de contrabando, organização criminosa, corrupção de menores, lavagem de capitais e falsidade ideológica.

Contrabando em vários estados

A investigação começou em setembro de 2017, após a apreensão de uma carga de 70 mil cigarros contrabandeados, que seria distribuída no Uruguai. Neste país, segundo a PF, a mercadoria é vendida por valor mais alto do que no Brasil. "A partir dessa apreensão, os investigadores iniciaram o mapeamento de uma grande rede de distribuição da mercadoria ilegal para diversos pontos do Rio Grande do Sul, principalmente para Porto Alegre e região metropolitana, Pelotas, Rio Grande, litoral sul do Estado e cidades da fronteira com o Uruguai", explicou a PF em nota. Também foram identificados distribuidores do contrabando em Foz do Iguaçu e Marumbi, no Paraná, e na cidade catarinense de Palhoça.

A PF e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreenderam mais de 1,4 milhão de maços de cigarro desde o início do inquérito. No mesmo período, foram presas 34 pessoas em flagrante e apreendidos 31 veículos avaliados em mais de R$ 900 mil. A estimativa de créditos tributários evadidos supera os R$ 10 milhões.

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