Jornal Correio Braziliense

Brasil

PF faz operação de combate ao tráfico internacional de drogas

As investigações se estenderam por aproximadamente um ano onde descobriram uma quadrilha que utilizava contêineres para enviar droga à Europa

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira (9/7) a Operação Antigoon, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas e que se utilizava do transporte marítimo para cometer o crime.

A ação foi deflagrada nas primeiras horas desta segunda-feira e mobiliza cerca de 100 policiais federais, que cumprem 21 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão preventiva em três estados: Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

As investigações da PF, que contaram com o apoio da Receita Federal, se estenderam por aproximadamente um ano e descrobriram que o grupo utilizava contêineres, transportados em navios, para enviar droga à Europa.

Durante as investigações, foram apreendidas cerca de 4 toneladas de cocaína em portos espalhados pelo país, como do Rio de Janeiro, de Vitória, Santos, de Salvador e de Suape (PE).

Nas apurações, a Polícia Federal também buscou identificar o destino da droga para fechar o cerco em torno da organização e desarticular o braço internacional do grupo.

Com o apoio dos institutos de cooperação policial internacional, foram feitas apreensões nos portos de Antuérpia, na Bélgica; Gioia Tauro, na Itália; e Valência, na Espanha.

A cooperação se deu com a participação dos adidos da PF no exterior e dos representantes das polícias estrangeiras que atuam no Brasil. Os investigados responderão por tráfico internacional de drogas e associação para o tráfico, cujas penas podem chegar a 25 anos de prisão.

Antigoon refere-se a uma lenda sobre a origem do nome da cidade de Antuérpia, principal destino da droga na Europa. Segundo a lenda, um gigante chamado Antigoon cobrava valores de quem atravessasse o Rio Escalda e cortava uma das mãos daqueles que se recusassem a pagar. Antigoon foi morto por um jovem chamado Brabo, que cortou a mão do próprio gigante e atirou-a ao rio. Daí o nome Antwerpen - hand (mão) e wearpan (arremessar).