O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (18/7) um novo balanço sobre a campanha de vacinação contra a gripe. Segundo o balanço, 90,19% do público alvo está imunizado, o que representa 51,4 milhões de pessoas. As regiões Centro-Oeste e Nordeste foram as únicas que ultrapassaram a meta. Norte e Sudeste apresentaram o menor alcance, com 86,61% e 86,9, respectivamente. Já na Região Sul, a cobertura é de 88,6%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação são Roraima, Rio de Janeiro e Acre. O Distrito Federal tem 98,2% do grupo prioritário imunizado.
No entanto, gestantes e crianças de 6 meses e menores de 5 anos continuam abaixo dos 80% pré-estipulados como meta. A infectologista Luciana Medeiros ressalta a importância de os pais levarem as crianças para a imunização. "Sabemos que aumentou o número de movimentos anti-vacinas, que espalham fake news. Mas essa proteção é de graça e previne doenças graves tanto para a pessoa que toma, como para a população em geral, por conta da imunização de barreira que impede epidemias. As crianças não podem ficar sem a vacina", alerta.
Os municípios que ainda possuem vacinas disponíveis, têm estendido a vacinação, também, para crianças de 5 a 9 anos, e adultos de 50 a 59. A pasta ressalta que a vacina trivalente protege contra três tipos do vírus influenza, é segura e é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes.
Casos
Até 16 de julho, foram registrados 4.680 casos de influenza em todo o país, com 839 óbitos. Do total, 2.813 casos e 567 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram 991 ocorrências e 140 mortes. Entre os estados com maiores casos está São Paulo (1.702), Ceará (376), Paraná (432) e Goiás (378).
Consequências
Há consequências legais para quem não cumprir a determinação de vacinar os pequenos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, é obrigatória a vacinação nos casos recomendados. Se houver descumprimento, os pais podem pagar multa ou, ainda, perder a guarda dos filhos.