Otávio Augusto
postado em 19/07/2018 18:16
Após a prisão, ocorrida na tarde desta quinta-feira (19/7), no Rio de Janeiro, o médico Denis Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, deu um entrevista coletiva na 16; Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca). Após ter o depoimento colhido pelos investigadores da unidade policial, Denis minimizou os riscos do procedimento que tirou a vida da bancária Lilian Calixto, 46 anos, no domingo (15/7), em seu apartamento, na Zona Oeste da capital fluminense.
"É possível realizar o procedimento em qualquer área capacitada, em que um médico esteja presente, sendo ele um profissional habilitado e que domina a técnica", disse aos jornalistas.
Segundo ele, Lilian saiu do consultório "muito bem", após ser submetida a um procedimento conhecido como bioplastia, já condenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. "Seis horas depois, eu a levei ao hospital e ela veio a óbito por parada cardíaca. É um mistério ainda, a causa da morte, mas é uma injustiça do que estão me acusando", repete.
"Me acusaram de coisas que me ofenderam muito. Falaram que eu não sou médico, mas estou com meu resgitro aqui", destacou, ao tirar o documento do bolso. Contudo, o registro dele acabou cassado nesta quinta-feira (19/7) pelo Conselho Regional de Medicina do DF.
Antes da prisão, Denis divulgou um vídeo nas redes sociais, com mais explicações. Ele diz que é um mistério a causa da morte e que acusá-lo de não ser habilitado para realizar o procedimento é "injustiça". "Aconteceu uma fatalidade, mas uma fatalidade acontece com qualquer médico", enfatiza, na gravação.
Ao ser questionado sobre o motivo de ter fugido da Justiça, uma vez que ficou quatro dias foragido, disse que teve dúvida. "Fiquei em dúvida se era procurado pela polícia ou se estava sendo perseguido por familiares da vítima, em busca de vingança", disse.
O médico se reusou a responder diversas perguntas, como justificar as 22 denúncias contra ele, sendo por crimes de lesão ao consumidor, exercício ilegal da medicina, homicídio, ocorrido em 1997, porte ilegal de arma e ameaça. O médico também afirmou apenas que era oficial do exército, se referindo às armas.