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Após jogo de pôquer, brasileiro é assassinado pela irmã na Espanha

Wellington Alves, 27 anos foi morto a facadas pela irmã em uma casa de campo em El Cocón, no município de Águila onde a família passava férias

Ingrid Soares
postado em 19/07/2018 20:06

Wellington Alves, 27 anos foi morto a facadas pela irmã em uma casa de campo na Espanha

O cabeleireiro Wellington Alves, 27 anos foi morto a facadas pela irmã em uma casa de campo em El Cocón, no município de Águila onde a família passava férias. Após a discussão, Wellington teria decidido tirar um cochilo. A irmã Ágatha Alves, 18 anos, o seguiu até o quarto e utilizou uma faca de cozinha para esfaquear o homem no tórax. Ele chegou a ser socorrido e transportado para o hospital Rafael Méndez, em Lorca, mas não resistiu.

Os irmãos são da cidade de Barra do Garças, no Mato Grosso e moravam na Espanha. Wellington estava há dois anos no país e residia com a mãe. A irmã foi presa em flagrante, teve o pedido de prisão provisória decretado e aguarda julgamento pelo crime de homicídio.

Familiares de Wellington de Mato Grosso realizaram uma campanha para arrecadar dinheiro para realizar o traslado do corpo ou cremação do corpo dele na Espanha. A estimativa era de R$ 60 mil para arcar com as despesas. No entanto, o corpo do rapaz foi sepultado nesta quarta-feira (18/7), na Espanha. Familiares informaram que a jovem tem depressão.

Ao Correio, Marlucia Alves Assunção, 50 anos, tia materna dos irmãos que também mora na Espanha e está em visita pelo Brasil, relatou que eles tinham uma boa relação e que por haver informações desencontradas, não sabe detalhes do ocorrido. ;Eram filhos de pais diferentes, mas o Tom foi criado pelo pai da irmã. Ninguém esperava por isso. Eles tinham umas brigas normais entre irmãos, mas tinham boa convivência. Há dois meses, Agatha tentou suicídio, sofria de depressão e precisava continuar o tratamento com remédios e acompanhamento psicológico, mas não sei se ela continuo lá;, relatou.

Marlúcia agradeceu pela solidariedade do governo espanhol prestado à família e criticou que as autoridades brasileiras não tenham dado o devido auxílio. O Correio tentou contato com o Itamaraty que até o fechamento desta edição não se pronunciou sobre o caso.

Segundo o jornal El Español, na segunda (16/7) ao prestar depoimento, Agatha chegou algemada em um carro da Guarda Civil e dizia a todo momento que não queria ter cometido o crime. "Eu não queria, era meu irmão". Fontes do jornal espanhol afirmaram ainda que ela pode ser penalizada de 20 a 25 anos e que a relação de parentesco é um agravante e que a presença de uma possível doença que pode ter afetado o comportamento de Ágata também pode ajudar a reduzir a sentença. A polícia investiga a dinâmica do crime.

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