Brasil

Acusada de matar bebê de 9 meses por causa do choro é julgada em BH

O crime aconteceu em 2016 no Bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste de Belo Horizonte. Se condenada pelo júri popular, ela pode pegar até 30 anos de prisão

João Henrique do Vale/Estado de Minas
postado em 23/07/2018 16:11
Na fase de investigação, mulher confessou o crimeO julgamento de Jéssica Nunes Mateus, de 26 anos, acusada de matar a própria filha, com apenas 9 meses, incomodada com o choro dela, teve início na tarde desta segunda-feira no Fórum Lafayette. O crime aconteceu em 2016 no Bairro Ribeiro de Abreu, Região Nordeste de Belo Horizonte. Se condenada pelo júri popular, ela pode pegar até 30 anos de prisão.

A sessão teve início por volta das 13h30, com o sorteio do conselho de sentença. Foram escolhidas cinco mulheres e dois homens para o júri. Em seguida, a acusação e a defesa dispensaram todas testemunhas que tinham sido arroladas no processo. Com isso, teve início o interrogatório da ré.

A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aponta que Jéssica tapou a boca e o nariz da menina, que morreu por asfixia. Na delegacia, ela chegou a dizer que o bebê havia engasgado com o leite, mas acabou confessando ter sufocado a criança porque ela não parava de chorar mesmo depois de se alimentar.

O crime aconteceu na manhã de 29 de janeiro de 2016. A mulher chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) dizendo que a bebê havia se asfixiado com o leite de mamadeira. A equipe tentou reanimar a criança, sem sucesso. Ela já chegou morta ao Hospital Odilon Behrens. No Instituto Médico Legal (IML), segundo aponta as investigações, os médicos detectaram a ausência de leite nas vias aéreas da criança. E identificaram indícios de asfixia.

Nas fases iniciais das apurações, a mulher foi ouvida e depois liberada, por ausência de requisitos necessários para prisão em flagrante. Depois disso, ela se separou do marido e foi para Duque de Caxias, no interior do Rio de Janeiro, onde acabou presa em maio de 2016. Testemunhas ouvidas pela Polícia Civil indicaram que a criança era vítima de agressões por parte da mãe.

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