Brasil

Polícia prende suspeito de envolvimento no assassinato de Marielle

O PM reformado Alan Nogueira, conhecido como Cachorro Louco, foi detido em casa, na zona norte do Rio, por volta das 6h, por suposto envolvimento em outro caso

Alessandra Azevedo
postado em 24/07/2018 10:22
Alan de Morais Nogueira (E), suspeito de participar do assassinato de Marilelle, e Luis Cláudio Ferreira Barbosa: presos nesta terça-feira
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta terça-feira (24/7), um ex-policial militar identificado por uma testemunha como um dos suspeitos de estarem no carro usado pelos assassinos da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, em março.

O PM reformado Alan Nogueira, conhecido como Cachorro Louco, foi detido em casa, na zona norte do Rio, por volta das 6h, por suposto envolvimento em outro caso, de acordo com informações do jornal O Globo. Ele também teve o carro, um Honda Civic branco, apreendido.

O que levou Nogueira à prisão, segundo o jornal, foi a acusação de ter participado de outros dois homicídios, de um PM e um ex-PM, em fevereiro do ano passado, em Guapimirim, na Baixada Fluminense. Os crimes teriam sido cometidos por ordem de Orlando Oliveira de Araújo, chefe de uma quadrilha de milicianos. Na mesma operação, foi preso o ex-bombeiro Luís Cláudio Ferreira Barbosa, acusado de trabalhar para a mesma milícia.
Ainda segundo a publicação, a informação a respeito do envolvimento de Nogueira nesses homicídios veio da mesma testemunha que afirmou que ele estava no carro de onde partiram os tiros que mataram Marielle e Anderson. A defesa do ex-PM nega o envolvimento dele na morte da vereadora e do motorista.

Em maio, o mesmo delator teria dito à polícia que presenciou conversas entre o vereador Marcelo Siciliano (PHS) e o miliciano Araújo, nas quais eles supostamente teriam discutido o assassinato de Marielle. As conversas, de acordo com essa testemunha, teriam começado em junho do ano passado, após a vereadora ter começado a se dedicar a ações comunitárias em bairros controlados por traficantes e de interesse da milícia. Marcelo Siciliano e Araújo também negam envolvimento no crime.

Depois que Marielle foi assassinada, pelo menos dois outros homicídios teriam sido cometidos como "queima de arquivo", de acordo com o delator.
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