O Correio Braziliense promove, nesta terça-feira (7/8), das 10h às 13h40, no autitório do jornal, mais uma edição do projeto Correio Debate, que abordará o acesso e os avanços nos tratamentos do diabetes. O ingresso às palestras é gratuito, bastando se increver pela internet, no site do evento. As vagas são limitadas.
Realizado em parceria com o movimento Para Sobreviver, o evento será uma boa oportunidade para se informar mais sobre a doença e os serviços que existem para preveni-la e tratá-la, inclusive na rede pública de saúde.
A abertura ficará a cargo do ministro da Saúde, Gilberto Occhi. Participarão também o presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Oscar Pereira Dutra; o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marco Antônio de Araújo Fireman; e a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Hermelinda Pedrosa, entre outros convidados. O Correio fica no Setor de Indústris Gráficas (SIG), ao lado da Câmara Legislativa do DF.
A doença
Terceira maior causa de morte no Brasil, o diabetes é caracterizado pela incapacidade ou dificuldade do organismo de empregar adequadamente a insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o país registrou um crescimento de 12% no número de mortes pela doença conforme dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM).
Para Hermelinda Pedrosa, esses dados podem ser explicados pelo crescimento urbano e pela falta de tempo para cuidados relativos à saúde e à alimentação, mas a desinformação ainda é grande. "Metade das pessoas que tem diabetes desconhece ter a doença. Ela evolui de forma silenciosa. Quando é descoberta, os problemas são mais graves. É preciso ficar atento aos fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, hipertensão e históricos familiares", alerta.
A especialista explica ainda que, apesar do avanço no fornecimento da medicação, as drogas estão atrasadas em relação às descobertas. "As medicações não acompanharam a evolução terapêutica. Há drogas com potencial para reduzir doenças cardiovasculares. Isso precisa ser levado em conta. Precisamos reunir as sociedades médicas, as associações e os órgãos competentes para a avaliação de custo e benefício. É preciso uma revisão na relação nacional de medicamentos para análises e oferecer aqueles que ajudem a reduzir a mortalidade vascular", aponta.
Amputações
Além das medicações, o Brasil sofre muito com amputações em decorrência da doença. Apenas no ano passado, foram gastos R$ 14,7 milhões em 12.748 procedimentos do gênero. Para Hermelinda, a melhor estratégia para driblar todos os efeitos da doenças ainda é a prevenção. "Para evitar o diabetes, deve-se realizar atividade física e se alimentar bem", aconselha.