Brasil

Casos de diabetes aumentarão 48% até 2045, prevê Hermelinda Pedrosa

A presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes afirmou que o diabetes é considerado uma epidemia

Ingrid Soares
postado em 07/08/2018 12:30
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Durante o Correio Debate, a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes Hermelinda Pedrosa abriu o painel ;Avanço terapêutico no tratamento do idoso com diabetes e doenças cardiovascular; e afirmou que o diabetes é considerado uma epidemia. A previsão para 2045 é um aumento de 48% da doença em todo o mundo. Na América Latina, a previsão é de aumento de 62%. Ela ressalta que em comparação com outros países, o Brasil ocupa o 4; lugar no número de diabéticos, com 13 milhões de casos. Em 2045, a estimativa é que ocupe o 5;, com 24 milhões de portadores do diabetes.

[SAIBAMAIS]O custo da doença aos cofres públicos também é alto: O valor gasto em 1996 era de 13 bilhões de dólares. Em 2013, pulou para U$ 101 bilhões. Segundo Hermelinda, o gasto é maior com adultos maiores de 65 anos por conta das complicações.

No Brasil, ressalta que a principal causa da doença é a obesidade. Ela explica ainda que o diabetes age diferente no organismo dos jovens e idosos. ;Não é o mesmo patamar de controle, há complicações cardiovasculares. O norte e o nordeste são os que apresentam os piores controles de hemoglobina glicada. Para controlar a doença, tem que pensar em tudo. Desde o controle da glicose, do colesterol, peso, alimentação e o exame dos pés do diabético"

Ela explica também que o país avançou no fornecimento da medicação, mas que as drogas estão atrasadas em relação às descobertas do meio científico. "O diabetes está mais conhecido. Há um arsenal pequeno dos remédios para diabetes oferecido pelo Sus frente ao que temos disponível pela ciência. Isso precisa ser revisto.Há drogas mais seguras que diminuem os riscos cardiovasculares como a empagliflozinas, canagliflozina e glicazidas. Elas são as melhores drogas e as mais seguras para a prevenção de complicações;.

Ao final, ela propôs ao ministro da Saúde, Gilberto Occhi que otimizasse a utilização dos recursos da saúde pública, que melhorasse a atuação na prevenção, na educação, na adesão à terapia e a atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

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