Ingrid Soares
postado em 07/08/2018 14:55
O presidente da Associação Nacional de Atenção ao Diabetes, Fadlo Fraige Filho, participou do segundo painel sobre ;Aprimoramento no acesso de idosos com diabetes e alto risco cardiovascular no SUS; e ressaltou a importância do debate sobre o tema. Segundo ele, à medida em que a população envelhece, a massa de diabéticos aumenta. Em 2005, a população idosa era estimada em 20 milhões. Em 2030, a estimativa é de que serão 40 milhões. Outra estatística apresentada por ele é de que, em 2017, a cada 1 mil leitos nos hospitais, 440 eram de pacientes com hiperglicemia. ;A hospitalização é o que tem mais alto custo na saúde pública;, ressaltou.
Ativo no combate à doença, Fadlo observa que o maior avanço no tratamento da doença foi a Lei Federal n; 11.347, que obriga o fornecimento da medicação para o diabético. No entanto, explica que a medicação oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento do diabetes consiste em insulinas NPH e regular, que não são tão efetivas. ;Essas substâncias não têm nada a ver com o que deve ser tratado no tipo 1. Há melhores remédios disponíveis como insulinas basais e ultra rápidas. Tem um conjunto de novos remédios como as glifozinas que tem um mecanismo de ação que permite a excreção do excesso de glicose pela urina. Com isso reduz o risco de doenças cardiovasculares e ajuda no controle de peso e da pressão.;
[SAIBAMAIS] O alto custo hospitalar também foi apontado: ;90% dos portadores do diabetes estão fora do controle adequado. A doença é a primeira causa de mortalidade e amputação. O custo com hospitais, as complicações e a aposentadoria precoce fazem dela a doença com maior custo para o Ministério da Saúde;.
Para Fadlo Fraige Filho, evitar o diabetes e as complicações decorrentes está ligado à educação e melhorias no atendimento e oferecimento de fármacos.