Brasil

Camponeses, indígenas e religiosos de matriz africana ocupam Ministério

Os manifestantes alegaram ter solicitado a presença do ministro ou representante por volta das 11h. Como não foram atendidos, decidiram ocupar o local e prometem sair apenas quando forem ouvidos

Bruna Lima - Especial para o Correio
postado em 08/08/2018 00:12
Os manifestantes exigem a presença do Ministro da CulturaTrinta lideranças de povos de matrizes africanas, indígenas, camponesas e periféricas, ocuparam o nono andar do Ministério da Cultura na noite desta terça-feira (7/8). Os manifestantes vieram de diferentes locais do Brasil e exigem a presença do ministro Sergio Sá Leitão para discutir pautas relacionadas à diversidade cultural.

Entre as reivindicações está a cobrança da Lei de Mestres e Mestras, que garante auxílio financeiro de, pelo menos, dois salários mínimos a pessoas que reconhecidamente representem a cultura brasileira tradicional. O grupo também pede representatividade no conselheiro nacional de Políticas Culturais para os povos de matrizes africanas e de terreiros, além das presidências da Fundação Cultural Palmares e da Secretaria Especial de Políticas de Igualdade Racial-SEPIR.

[SAIBAMAIS]Com o objetivo de garantir investimentos culturais o grupo também pede a publicação do edital para Rede de Pontos de Cultura de Matrizes africanas, camponesas, indígenas e periféricas, além da implementação do Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos de Matrizes Africanas e de Terreiros.

De acordo com Mestre Aderbal Ashogun, da Frente Liberta Matriz Africana a falta de representatividade e investimentos ligados à diversidade cultural tem causado um estado de calamidade na área. "Responsabilizamos o Estado pelo crime de grave ameaça a extinção da diversidade cultural e biológica da nação brasileira. Estão ameaçando a vida, os hábitos e costumes das comunidades tradicionais afro brasileiras e indígenas", afirma.

Os manifestantes alegaram ter solicitado a presença do ministro ou representante por volta das 11h. Como não foram atendidos, decidiram ocupar o local e prometem sair apenas quando forem ouvidos. O Correio aguarda posicionamento do Ministério da Cultura.

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