Brasil

Polícia Civil de MT faz operação para descapitalizar facção criminosa

De acordo com os investigadores, o grupo desenvolveu um sistema interno de arrecadação e movimentação financeira, bem como de lavagem de dinheiro, a partir de empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e de parentes de presos

postado em 08/08/2018 11:58
A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta quarta-feira (8/8), a Operação Red Money, com o objetivo de apreender patrimônio e descapitalizar uma facção criminosa, cujas lideranças encontram-se presas na Penitenciária Central do Estado. De acordo com os investigadores, o grupo desenvolveu um sistema interno de arrecadação e movimentação financeira, bem como de lavagem de dinheiro, a partir de empresas de fachada, contas bancárias de terceiros e de parentes de presos.

O sistema de arrecadação financeira funciona, segundo a Polícia Civil, sob ;formato de pirâmide;, tendo em seu topo o núcleo de liderança e, na base, dezenas de contas bancárias com movimentação menor, que fazem a captação de dinheiro e, gradativamente, repassam às contas maiores.

Para cumprir mais de 230 ordens judiciais ; entre elas 94 mandados de prisão - contra os membros da facção foram mobilizados 520 policiais, sendo 98 delegados, 350 investigadores e 102 escrivães. Estão sendo procurados 51 suspeitos na região metropolitana e 11 no interior do estado (Rondonópolis, Sinop, Nova Olímpia, Sorriso, Peixoto de Azevedo, Guarantã do Norte e Poconé).

Segundo os investigadores, outros alvos terão os mandados cumpridos fora de Mato Grosso - no Pará. Um deles cumpre pena no Presídio de Tucuruí. O outro estaria na cidade de Jacundá. Há ainda um suspeito sendo procurado em Campo Grande (MS).

Iniciada há 15 meses, a operação descobriu três fontes principais de recursos - a primeira, uma mensalidade paga pelos integrantes do grupo; a segunda, por meio do cadastramento e de mensalidades pagas por traficantes ou pontos de venda de droga; e a terceira, por meio da ccobrança de ;taxa de segurança; de estabelecimentos comerciais, o que, segundo a Polícia Civil, configura crime de extorsão.

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