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Dia D de vacinação de poliomielite e sarampo começa com só 16% imunizados

Desde o início da campanha contra poliomielite e sarampo, em 6 de agosto, 3,6 milhões de crianças entre 1 e 5 anos receberam doses. Hoje, no Dia D do programa, expectativa é de que 11 milhões sejam imunizados em todo o país


Hoje, o Dia D da Campanha Nacional de Vacinação contra poliomielite e sarampo começa com apenas 16% das crianças de 1 ano a menores de 5 anos vacinadas. Com 36 mil postos espalhados pelo país, o Ministério da Saúde espera vacinar 11 milhões de crianças do público-alvo, independentemente da situação vacinal. A exceção é para as que tenham recebido a dose nos últimos 30 dias. A campanha, que começou no último dia 6, segue até 31 de agosto e, até a última terça-feira, havia vacinado cerca de 1,8 milhão de crianças com 3,6 milhões de doses.

Segundo a pasta, no Distrito Federal, 93% das crianças que fazem parte do público-alvo ainda precisam se vacinar. Até o momento, 24.693 doses das vacinas foram aplicadas sendo 7,76% para poliomielite e 7,65% para sarampo.

Entre as coberturas mais baixas, destacam-se: Amazonas, com 3,23% do público-alvo vacinado para pólio e 3,24% para sarampo, e Roraima, que tem 4,98% e 3,60%, respectivamente. Esses são justamente os estados que enfrentam surto de sarampo devido a importação de vírus da Venezuela.

Ontem, no Posto de Saúde n; 14, do Cruzeiro Velho, munida da caderneta de vacinação e do cartão SUS, a dona de casa Maria Francimaria Ferreira Moraes, 25 anos, aproveitou a saída da escola da filha Isabella, 3, para levá-la para imunização. ;Peguei-a na escola e viemos direto. Tem que trazer porque evita doenças. Mantemos em dia a caderneta de vacinação. Aproveito todas as campanhas. Sabemos que essas doenças são graves, podem ser evitadas e é nossa obrigação trazê-los para se protegerem;, observa.

O infectologista Tarquino Erastiges Sanchez ressalta a importância da imunização. ;A história tem mostrado que a vacina é eficiente e segura para controlar doenças. A pólio, se não vacinar, corre o risco da criança ficar paralítica dos membros inferiores, com graves sequelas para o resto da vida. É uma doença que não tem cura e que pode levar à morte;.

No caso do sarampo, ele explica, a enfermidade é altamente contagiosa e transmissível. ;Essa doença coloca em risco a integridade de toda a sociedade. Sarampo mata e pode deixar graves sequelas como surdez e deficit neurológico severo. A melhor forma ainda é prevenir do que remediar;, finaliza.

MPRJ aceita PF e general pedir

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, enviou
um ofício ao ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, dizendo ser favorável à participação da Polícia Federal nas investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista, Anderson Gomes, desde que o pedido seja feito pelo interventor federal no estado, general Braga Netto. Na quinta-feira, Jungmann afirmou que tanto o Ministério Público quanto a Polícia Civil do Rio haviam recusado o apoio da PF.